sábado, 17 de março de 2012

Uma História muito emocionante, relato de uma irmã que aprendeu a amar seu anjo Azul com todo o amor do Mundo.(Daniela Bolzan - Por Angela Rodrigues)

 
 
 
O que posso dizer sobre o tempo em que convivi com meu irmão?

Aprendi, desde ce
do a brigar por ele. Quando saíamos na rua e alguém debochava do seu jeito especial, único, eu partia pra cima.
Ele era o caçula, temporão. E me destronou. Mas, apesar do ciúme que senti com a sua chegada, eu o amava tanto... até aceitava dividir meu "reinado" com ele.

Aprendi que existem várias formas de se comunicar com alguém. E que, quando a gente ama, o nosso coração acha o "caminho".
Ele não falava, mesmo assim, conseguíamos nos entender.

Aprendi a sentir o amor de mãe. Apesar de ainda não o ser, o amor que exalava por todos os poros de nossa mãe por esse caçulinha, contagiava... Deixava super claro o QUANTO ele era amado.

Aprendi a respeitar todas as diferenças. E que, apesar de diferentes, para Deus somos todos iguais: Seus filhos amados.

Aprendi, infelizmente, que a falta de informação é cruel.
Sei que todos nós temos o nosso tempo determinado por Deus na Terra e, que, quando chega a nossa hora, não tem outro jeito. Mas a informação pode fazer coisas maravilhosas como inclusão, desenvolvimento, qualidade de vida...

Meu caçulinha foi para os braços de Deus no dia 27 de outubro de 2011, aos 27 anos. Pude fazer pouco por ele, pois me faltava informação. Mas quero fazer por todos aqueles que enchem suas famílias de alegrias com suas particularidades.
Vamos lutar por mais informações. Vamos lutar por mais cuidados. Vamos lutar por nossas crianças, que tornam especiais as nossas vidas. Angela Rodrigues,
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Caros Amigos leitores, eu Daniela Bolzan fiquei muito emocionada com esse relato, pois é justamente o que está acontecendo infelismente com muitas pessoas que passam por nossos caminhos, falta informação. Muitas vezes alguém compartilha algum momento de meu filho e imaginam que é birra , que ele não está sendo educado da maneira correta. Uma vez até ouvi de um senhor em um, supermercado enquanto aguardava na fila que meu filho era birrento, na mesma hora olhei para ele e disse que ele estava agindo daquela forma porque sente medo de lugares diferentes, ele é autista, na mesma hora a fisionomia das pessoas na fila mudou, e muitos até nem entenderam o que significava auitsmo. Por isso montei esse blog e por isso que luto tanto e divulgo tanto sobre autismo e sei que muitos pais e familiares também de uma forma ou de outra divulgam o que é autismo, tudo isso somente para informar e obter dessas pessoas apenas o respeito aos nossos anjos.
O relato dessa irmã que amou sem limites e com o coração puro e cheio de dedicação nos mostra que mesmo não tendo a informação necessária sobre esse transtorno de desenvolvimento (que é o autismo) ela encontrou um caminho para amar, respeitar e fazer com que seu irmão querido se sentisse tranquilo e acolhido, e também mesmo ele não falando nada ela encontrou o caminho para se comunicar com ele. Essa é a pura reslidade de quem convive com alguém especial, pode-se entender tudo mesmo não falando nenhuma palavra, somente com a direção de um  olhar. Essa semana eu ouvi uma frase que dizia: " A maior prova de amor é dita no silêncio de um olhar". é a pura verdade. Aprendemos a viver o amor e o que é amar com esses nossos anjos lindos E POR ISSO SOMOS TÃO ESPECIAIS POIS FOMOS ESCOLHIDOS POR DEUS ... VAMOS LUTAR PARA LEVAR MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AUTISMO PARA AS PESSOAS QUE AINDA NÃO SABEM O QUE SIGNIFICA E QUE DEUS CONFORTE O CORAÇÃO DESSA IRMÃZINHA TÃO QUERIDA QUE AMOU SEU QUERIDO IRMÃO E CONTINUA AMANDO-O MESMO APÓS O FIM DE SUA VIDA... Força sempre...Estamos juntas nessa caminhada...
Obrigada
Daniela Bolzan

domingo, 4 de março de 2012

Cérebro de autistas tem alterações aos 6 meses de idade - ( Daniela Bolzan)

Um novo estudo feito na Universidade da Carolina do Norte descobriu diferenças significativas no desenvolvimento do cérebro aos seis meses de idade em crianças com alto risco que desenvolveram autismo mais tarde, comparado às crianças de alto risco mas que não tiveram a doença diagnosticada.

"É uma descoberta promissora", diz Jasno Wolff, líder do estudo. "Neste ponto, é um passo preliminar mas enorme em direção ao desenvolvimento de um biomarcador para risco para diagnosticar a doença", acrescenta.

O estudo também sugere que o autismo não aparece repentinamente nas crianças pequenas, mas se desenvolve ao longo do tempo durante a infância. Isso aumenta a possibilidade "de sermos capazes de interromper o processo com uma intervenção adequada", diz.

Os resultados são os mais recentes do estudo em andamento Infant Brain Imaging Study (IBIS). Os cientistas avaliaram 92 crianças que tinham irmãos mais velhos com autismo e que, portanto, eram considerados de alto risco para a doença. Eles passaram por exames de ressonância magnética aos 6 meses de idade e testes de comportamento aos 24 meses. A maioria também passou novamente por exames de imagem aos 12 e 24 meses.

Com dois anos de idade, 28 crianças (30%) preencheram os critérios desordens do autismo, enquanto 64 (70%) não. Os dois grupos tinham diferenças no desenvolvimento das fibras da substância branca - que conectam regiões do cérebro.

"A evidência, que implica múltiplos caminhos de fibras, sugere que o autismo é um fenômeno do cérebro todo e não de regiões isoladas", diz Wolff.

Fonte: Saúde Pesquisas.