domingo, 29 de abril de 2012

Ethan, o garotinho autista de 6 anos toca piano como um profissional, Impressionante.(Daniela Bolzan)

Assista a seguir os vídeos impressionantes que mostram Ethan, um garoto autista de 6 anos  que toca piano como um adulto . Confiram :                                                                                                                                                                                                                                                   



Fica aqui a observação de que nossos filhos autistas tem todo potencial do mundo, basta descobrir para qual área cada um vai desenvolver com mais facilidade e assim estimular com muito carinho. 
Com certeza esse garotinho levará para muitas famílias que estão passando pela fase difícil de diagnóstico uma esperança e tranquilidades sem tamanho.
Força é a palavra chave para todos os familiares de anjos e pequenos gênios.
Fonte:http://colunas.revistaepoca.globo.com/bombounaweb/2012/04/28/autista-de-6-anos-toca-piano-que-nem-gente-grande-e-pode-ser-a-proxima-celebridade-da-internet/
Obrigada
 Daniela Bolzan.

Depoimento de Maria Daniela, mãe do Kauã "Autista" ( Daniela Bolzan)



Olá! Meu nome é Daniela, tenho 30 anos, estou me formando em contabilidade e vou falar sobre meu tesouro e querido filho Kauã. Ele tem 4 anos e 5 meses, foi diagnosticado como autista leve aos 2 anos e meio.Nesse tempo eu não sabia o que era autismo,eu percebia algumas manias que ele tinha, mas não imaginava que seria autismo.

Quando ele tinha por volta de 1 ano e meio começamos a perceber um atraso em seu desenvolvimento. Seu comportamento era diferente em relação a de seus priminhos da mesma idade.Ele não entendia os gestos simples como: vem cá,dar tchau,chamar,direcionar um não com a cabeça,fingia-se de surdo,tinha muitas crises de risos de madrugada,amava ver algum objeto rodopiando,balançava muito as mãozinhas quando estava alegre,não gostava de barulhos,sua interação com outras crianças ainda é muito pouca.

“Ele ganhou uma vez um velocípede e por incrível que pareça ele virou o brinquedo de cabeça para baixo e começou a girar suas rodas durante um bom tempo balançando as mãozinhas e pulando...”

Minha gravidez foi bastante conturbada, tive infecção renal, uma bactéria muito resistente nos rins e corria o risco de o bebê ter problemas. Meu ginecologista na época passou um antibiótico muito forte e no momento em que ele prescrevia na receita, ele baixou a cabeça por uns minutos e foi naquele momento que fiquei muito preocupada com meu bebê.



“MAS DEUS É TREMENDO, POIS ME DEU UM FILHO PERFEITO”



            Certo dia fomos para casa dos meus pais e levei o Kauã.Meu tio quando o viu comentou e perguntou se ele não era autista.AUTISTA?Perguntei para ele... Eu nunca ouvi falar sobre isso!A partir daquele momento comecei a pesquisar na internet, ler tudo sobre autismo, assisti um filme chamado “Meu filho meu mundo”. Quando vi esse filme levei um choque, chorei muito, ao me deparar com muitas características do autismo e quase todos coincidiam com alguns comportamentos do meu Kauã.

            Comecei minha batalha, procurei um especialista “Neuropediatra”, que diagnosticou na mesma hora o autismo. Procurei outros profissionais, pois não queria ficar somente com um diagnóstico, pois estava em jogo a vida de meu filho. Todos foram unânimes: exames todos normais e o diagnóstico: o mesmo.

            Ele fez todos os tipos de exames: ressonância, BERA, tomografia e todos graças a DEUS, sem nenhum problema.



O KAUÃ HOJE...





Com 4 anos e 5 meses, está muito mais esperto. Frequenta escola regular que inclusive ele tem tido um desenvolvimento incrível, melhorou na interação social. Devo agradecer a todas as tias que estiveram com ele todo esse tempo e também a sua escola por ter aberto as portas para a inclusão social.

           
Consegui tratamento para ele no Espaço Trate...Um lugar especialmente para autistas...






Lá ele é acompanhado por várias especialistas como: Fonoaudióloga, Terapeuta ocupacional, Psicóloga, Nutricionista. Estou muito feliz com as evoluções de meu filho, apesar dele ainda apresentar algumas estereotipias, ainda está tirando as fraudas, ainda não fala tudo “somente Mama e Papa”. Falo “ainda” porque eu tenho a certeza que ele é capaz de conseguir essa vitória! Eu sei,é um processo lento,mas sei que teremos muitas conquistas!Pois acredito no potencial desses profissionais que estão acompanhando Kauã nesta fase de seu desenvolvimento!Muito obrigada a todos!

            Como passo o dia inteiro fora de casa trabalhando, quem cuida dele é minha sogra (uma pessoa muito especial) sempre me ajudou desde quando ele nasceu. Sou muito grata a ela por tudo!!

            Tenho esperanças que meu filho consiga superar todas as dificuldades e peço a Deus todos os dias mais paciência e serenidade, pois sei que é preciso para se lidar com ele. Penso que se Deus mandou o Kauã para nossas vidas é porque nos temos sim competência e capacidade para amá-lo e cuidar dele.

            Às vezes me sinto muito mal por ter que ir trabalhar passar o dia todo longe dele... Às vezes choro e penso nele a todo instante...

            É difícil, é duro, mas o amor que tenho pelo meu filho é imensuravelmente maior que tudo!

Agradeço a Deus todos os dias por meu filho!Percebi o quando a vida tem valor a partir do momento em que ele chegou em minha vida.


Agradeço o espaço para falar, desabafar e trocar idéias. Estou a disposição para novas amizades, tirar dúvidas, trocar experiências...

Beijos para todos que leram este depoimento!!

Meu e-mail para contato: danninha_25@hotmail.com
________________________________________________


Meus sinceros agradecimentos à Maria Daniela por ter compartilhado um pouquinho de sua trajetória com todo carinho e amor. Que Deus ilumine voces e dê sempre saúde, força e felicidade...
Obrigada mesmo......
Daniela Bolzan
 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Revelando o Autismo (Definições) - O Autismo tem Cura? ( Daniela Bolzan)

O que é Autismo?



Segundo a American Society for Autism, ASA, o autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento e se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), CID-10 (10a. Classificação Internacional de Doenças), de 1991, o autismo é caracterizado pelo funcionamento anormal em três áreas: de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.

O autismo pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros distúrbios que afetam o funcionamento do cérebro, tais como
Síndrome de Down e epilepsia. O autista tem uma expectativa de vida normal. Formas mais graves podem apresentar comportamento destrutivo, autoagressão e comportamento agressivo, que podem ser muito resistentes às mudanças.

Para a psicanálise, no entanto, o autismo precisa ser diagnosticado diferentemente em relação a outras desordens que também causam os mesmos sintomas. Na visão da Psicanalista Silvana Rabello, afastadas as causas orgânicas que vão definir a criança como lesionada e não como autista, resta dizer que o autista é aquele em que não existe comunicação com o mundo exterior. “O autista tem o movimento de relação com os outros truncado, por isso comporta-se de forma auto-centrada”, explica.

Para Silvana, que é Coordenadora do Serviço “Espaço-Palavra” da Clínica Psicológica da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, a criança autista não conhece o poder da troca e fica presa aos comportamentos instintivos.

“Alguma coisa muito sutil aconteceu na relação do bebê com a sua mãe nos seus primeiros meses de vida que desencadeou este comportamento isolacionista”, complementa, explicando que nestes primeiros anos de vida a mãe chama o bebê com a voz, o olhar, dando-lhe os estímulos necessários para que queira comunicar-se com o mundo e seja recompensado pela experiência de comunicar-se, de forma mais prazerosa do que a permanência no seu mundo individual.

“Não que haja algo de errado com estas mães – alguma coisa muito discreta, no seu vínculo com o bebê, ficou deficitária”. Segundo Silvana, quando detectado cedo, o autismo tem cura. “Um bebê diagnosticado como autista nos seus primeiros três meses de vida pode tornar-se um adulto absolutamente normal”.

Causas

Para a linha mais médica, o autismo tem causas como:

- Fenilcetonúria não tratada;
- Viroses durante a gestação, principalmente durante os três primeiros meses;
- Toxoplasmose;
- Rubéola;
- Anoxia e traumatismos no parto;
- Patrimônio genético, etc.

Para a psicanálise, como já foi dito, as desordens causadas por este tipo de problema são outras e não o autismo. O autismo, para a psicologia, é proveniente de um problema no aprendizado da comunicação da criança com o mundo.

Incidência

O autismo aparece em cerca de vinte entre cada dez mil nascimentos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Até hoje não se conseguiu provar nenhuma causa psicológica, no meio ambiente destas crianças, que possa causar a doença. Para termos um dado brasileiro, podemos citar que a Casa da Esperança, no Ceará, calcula a existência de 6 a 10 mil autistas naquele estado.

Sintomas e Manifestações

Do ponto de vista médico, os sintomas do autismo mudam ao longo da vida da criança e alguns podem até desaparecer com a idade. O Quociente de Inteligência (Q.I.) de crianças autistas, em aproximadamente 60% dos casos, mostram resultados abaixo dos 50, 20% entre 50 e 70 e apenas 20% tem inteligência maior do que 70 pontos, quando a média de uma criança normal é em torno de 100. Abaixo de 70, o resultado já é considerado deficiente.

A psicanálise desconsidera este tipo de teste, tendo em vista que eles são padronizados e só são aplicáveis a crianças padrão. “Aplicar um teste de Q.I. em um autista é um absurdo”, indigna-se Silvana. Para ela, o autista preserva o seu potencial cognitivo, tanto que mesmo sem conseguir comunicar-se pelos padrões sociais, um autista pode, em segundos, montar um quebra-cabeça que uma criança dita normal levaria horas para conseguir. “A única coisa que não está funcionando no autista é a sua comunicação com o mundo, o que não quer dizer que ele não tenha conteúdo”, diz.

Em muitos casos, os autistas apresentam uma grande capacidade intelectual, especialmente nas ciências exatas. Algumas crianças de apenas dois anos, com diagnóstico confirmado de autismo, aprendem a ler, não obstante a comunicação, de uma forma geral seja bastante restrita. A maioria dos autistas, por exemplo, não fala até os quatro anos, assim como não chega a escrever. No entanto, em casos mais leves, quando com acesso a computadores ou máquinas de escrever, a escrita consegue se desenvolver.

Diagnóstico

Para o diagnóstico do autismo, verificam-se os sintomas pela anamnese (entrevista onde são colhidos dados do paciente) ou através de exames que demonstrem as disfunções físicas do cérebro comuns aos portadores da síndrome.

Entre os sintomas mais comuns, de acordo com o Dr. E. Chirstian Gauderer, autor do livro “Autismo e Outros Atrasos do Desenvolvimento”, temos os distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas, as reações anormais às sensações, em especial em relação à visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.

A fala e a linguagem no autista estão ausentes ou consideravelmente atrasadas, com uso de palavras sem associação com significado. Certas áreas específicas do pensar estão presentes ou não. O ritmo da fala é imaturo e a compreensão das idéias é restrita. O autista não se relaciona normalmente com objetos, eventos e pessoas.

De acordo com a OMS, os critérios aceitos para o diagnóstico de autismo são, em primeiro lugar, lesão marcante na interação social e comunicação recíproca da criança, padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, além de terem sido notadas anormalidades de desenvolvimento nos primeiros três anos de vida.

Boa parte dos autistas apresenta séria ausência de coordenação motora fina, o que pode ser compensado, ao longo dos anos. Em geral, os estudantes autistas desenvolvem soluções de escrita diferentes das ensinadas nas escolas tradicionais. Em contrapartida, a coordenação motora ampla costuma ser muito superior à média, o que faz de muitos autistas bons atletas.

Um sintoma característico dos autistas é a repetição exaustiva de uma situação. De acordo com especialistas, os autistas de alto desempenho elaboram o mundo desta forma, encontrando assim um jeito de se comunicar com este mundo.

Fonte: Boa Saúde

Daniela Bolzan.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os Autistas pensam semelhante aos animais! Por Temple Grandin ( Daniela Bolzan)

Os animais pensam? Sim. Como os autistasTemple Grandin, pesquisadora norte-americana, afirma que os mecanismos do "pensamento" animal são os mesmos das pessoas autistas.




Estudiosa do autismo, a norte-americana Temple Grandin (ela própria autista) diz que sua forma de ver o mundo pode ajudar a compreender como pensam os animais. Ao comparar mecanismos do “pensamento” animal com os de autistas, ela aproxima os animais dos seres humanos e lança as bases de uma grande polêmica científica
Quem ainda não parou, tocado no fundo do coração, diante do olhar intenso e meigo de um cão labrador? Se você é ligado em animais, sejam selvagens ou domésticos, certamente já se pegou admirado diante de tanta expressividade e se perguntou: será que eles pensam? E, se pensam, o que pensam? Para a ciência, essa também é uma pergunta recorrente, origem de inúmeras pesquisas, centenas de dúvidas e muitas, muitas controvérsias. Uma delas diz respeito aos novos estudos realizados pela pesquisadora norte-americana Temple Grandin.
Recentemente, ela sacudiu os meios acadêmicos ao afirmar não apenas que os animais pensam, mas também ao lançar uma teoria para explicar como eles o fazem. Mais que isso: Temple deixou cientistas de cabelo em pé quando comparou a mente de um animal à mente de um ser humano autista. Para ela, animais e pessoas com autismo têm a mesma forma de ver mundo e os mesmos mecanismos de “pensamento”.
Absurdo? Pode parecer, embora boa parte dessa polêmica seja amenizada diante do fato de que a própria autora dessa teoria é autista e conhece o assunto de um ponto de vista muito particular, único na história da ciência. Aos 62 anos, Temple faz parte de uma estatística que aponta 20 casos a cada 10 mil pessoas (quatro vezes maior nos homens, de acordo com a Sociedade Americana de Autismo), com vários níveis de comprometimento do cérebro. No caso da pesquisadora, o autismo manifestou-se num grau considerado baixo, o que permite que ela leve uma vida muito próxima dos padrões de normalidade, interagindo perfeitamente com o mundo que a cerca.
O termo autista, que provém do grego (autos significa “de si mesmo”), foi usado pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra Plouller, mas foi entre 1943 e 1944 que os pesquisadores Leo Kanner e Hans Asperger lançaram as bases para o estudo mais sistemático do problema. Hoje, o que se sabe é que o autismo é um transtorno definido por disfunções físicas no cérebro, ocorridas antes dos 3 anos de idade, e caracterizado por perda da comunicação, distúrbios nas habilidades físicas e linguísticas, e em dificuldades na interação social.
Fonte: Revista Planeta