domingo, 25 de agosto de 2013

Uma nova evolução do meu autista lindo... (Autismo - Daniela Bolzan)

Queridos leitores que acompanham nosso blog, hoje venho  com mais uma grande notícia.. o Gabriel ficou sozinho em cima do cavalo... Fomos a um passeio em uma chácara-sítio, e ele ficou muito feliz como da outra vez conforme aqui foi postado... quero dividir essa felicidade com cada um de vcs, pois cada conquista realizada por nossos pequenos é uma vitória sem fim... Segue as fotos para compartilhar nossa alegria... Grande beijo a cada um de vcs e jamais esqueçam de acreditar todo minuto em seus anjos azuis.. Eles vão muito mais longe do que podemos imaginar.. Confiem...
Segue as fotos:
Sozinho

Tio Luis Ensinando o Biel.

Biel Super feliz segurando e confiante.

Biel fazendo carinho  na crina .

Biel cavalgando mais forte junto com o tio Luis e A Vivi...

Bom amigos, estamos todos muito felizes com essa nova conquista e continuem acompanhando que vou compartilhando as evoluções do meu autista Lindooo...

E quem tiver evoluções do seu autista lindo pode enviar para danny_bolzan@hotmail.com que postarei aqui com maior carinho..

Obrigada a todos
Beijos
Daniela Bolzan

sábado, 24 de agosto de 2013

Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Trabalho apresentado no MEDINESP, Congresso Médico-Espírita Nacional e Internacional,  São Paulo, SP. (Carlos Eduardo Sobreira Maciel – carlos.amemg@hotmail.com )
0 – Introdução:
Estamos há 150 anos buscando uma integração cérebro-mente –espírito e ao analisarmos a história das descobertas e avanços científicos percebemos que ela é permeada por acidentes e coincidências inacreditáveis, o que nos revela que não estamos sós nesta jornada.
No que se refere ao autismo, temos bons exemplos disto: dois homens em lugares distintos, numa mesma época, sem se comunicarem, dão o mesmo nome à doença e 50 anos depois as células doentes do autismo são descobertas acidentalmente…
I – História:
Na década de 40, dois médicos, o psiquiatra americano Leo Kanner e o pediatra austríaco Hans Asperger, descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Foi uma descoberta isolada – nenhum dos dois sabia o que o outro pesquisava, e ambos deram o mesmo nome à síndrome: Autismo. Foi considerada uma “coincidência inacreditável”, mas fica claro que houve uma intervenção do plano espiritual ao nos convidar para dar mais atenção àquelas crianças e ampara-las no seu sofrimento.
A palavra autismo vem do grego autos, que significa “de si mesmo”. O nome é perfeito. O traço mais flagrante da doença é o isolamento do mundo exterior, com a conseqüente perda de interação social. Em vez de dedicar-se à exploração do mundo exterior, como acontece normalmente, a criança autista permanece dentro das fronteiras de seu próprio universo pessoal.
II – Conceito, quadro clínico e epidemiologia:
Segundo a OMS, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
O comprometimento da interação social é observado na falta de empatia, na falta de resposta às emoções de outras pessoas e no retraimento social.
Já o comprometimento da comunicação é percebido na falta de uso social da linguagem, na falta de linguagem não-verbal, na pobreza de expressão verbal e no comprometimento em jogos de imitação.
O autista também apresenta um comportamento restrito e repetitivo, o que pode ser observado através de estereotipias motoras e preocupações estereotipadas com datas, horários e itinerários.
Podem também existir sintomas inespecíficos como fobias, auto-agressão, ataques de birra e distúrbios alimentares.
Há deficiência mental em cerca de ¾ dos casos, embora todos os níveis de Q.I. possam ocorrer em associação com o autismo. Às vezes há capacidade prodigiosa para funções como memorização, cálculo e música.
Segundo recentes publicações da Revista Brasileira de Psiquiatria, publicação da ABP, alguns autores sugerem que o diagnóstico já pode ser estabelecido por volta dos 18 meses de idade. Outras informações epidemiológicas mostram que há de 1a 5 casos em cada 10.000 crianças e que a doença ocorre em meninos 2 a 3 vezes mais do que em meninas.
III – Causas:
A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns casos são presumivelmente decorrentes de alguma condição médica das quais infecções intra-uterinas (como a rubéola congênita), doenças genéticas (como a síndrome do x frágil) e ingestão de álcool durante a gravidez (provocando a síndrome fetal alcoólica) estão entre as mais comuns.
IV – Neurônios-espelho:
Descobertas científicas recentes apontam para um defeito nos neurônios-espelho como causa do autismo. Estes neurônios são um subconjunto de células que refletem no cérebro do observador os atos realizados por outro indivíduo (se eu pego um objeto, alguns neurônios são ativados em meu cérebro; se eu observo o indivíduo pegando o objeto, os mesmos neurônios são ativados em meu cérebro como se eu estivesse pegando o objeto).
Os neurônios-espelho foram descobertos, acidentalmente, no início da década de 90 por pesquisadores italianos da Universidade de Parma, que estudavam um determinado tipo de neurônio motor de macacos. Este neurônio disparava quando o macaquinho pegava uma fruta e para surpresa de todos, disparou também quando ele observou um dos pesquisadores pegar a fruta, como se ele mesmo estivesse pegando-a para comer.
Uma série de experimentos realizados posteriormente demonstrou a existência destes neurônios no cérebro humano. Portanto podemos dizer que através dos neurônios-espelho, nós podemos compreender “visceralmente” um ato observado. Nós sentimos a experiência vivida por outro em nossas mentes. Mas não é só esta a função destes neurônios.
Diversos estudos realizados nas Universidades da Califórnia e College de Londres e no centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, demonstraram as funções de reconhecimento de intenções dos atos, de emoções vividas por outra pessoa (então se uma pessoa te diz: “eu sei o que você está sentindo”, talvez ela não saiba o quanto esta frase é verdadeira) e o importante papel de aprendizado por imitação de novas habilidades, como a linguagem por exemplo.
A partir do final da década de 90, pesquisadores da Universidade da Califórnia se empenharam em determinar uma possível conexão entre neurônios-espelho e autismo, já que ficou demonstrada a associação entre essas células e empatia, percepção dos atos e intenções alheios e aprendizado da linguagem, funções deficientes nos autistas.
V – O sistema espelho “quebrado”:
E realmente, estudos realizados na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, Universidade de tecnologia de Helsinque, na Finlândia, além dos estudos na Universidade da Califórnia, provaram que a atividade dos neurônios-espelho dos autistas é reduzida em diversas áreas cerebrais:
- No córtex cingulado anterior e insular, o que pode explicar a ausência de empatia;
- No córtex pré-motor, o que pode explicar a sua dificuldade de perceber atos alheios;
- E no giro angular, explicando problemas na linguagem.
VI – Marcas espirituais – patogênese remota:
Apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual.
Já se sabe que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas? Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim: que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?
Segundo a literatura médico-espírita e orientações mediúnicas recebidas no GEEP da Associação, o autismo como outros graves distúrbios mentais (psicoses por ex.) resulta de graves desvios de comportamento no passado, de choques frontais com as leis que regem o universo. Então, o que antecede à predisposição genética e às disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas.
Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos uma ponte que liga estes dois momentos distintos. Esta ponte é o próprio processo de reencarnação. Aqui se encontra a formação do autismo. Há duas possibilidades ou vias de ligação:
1a O reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a conseqüente formação do autismo.
2a O reencarnante rejeita a reencarnação levando à formação do autismo.
Na 1a possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e conseqüentes lesões no SNC. Há uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação. Neste caso a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação. Esta possibilidade ou via de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos que acreditam que certos autistas, constituem angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo. Há casos de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente. Recorriam, por isto, aos gritos e ao agitar das mãos, único mecanismo de comunicação que dispunham.
Na outra possibilidade, via ou ponte de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa, temendo colher os frutos em uma nova existência compulsória, rejeitando a reencarnação, provocando autismo. No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, temos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação. Nos capítulos 7 e 18, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado. Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida. Conclui dizendo que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.
VII - Marcas espirituais – os sintomas:
Considerando a possibilidade de rejeição à reencarnação podemos fazer uma nova leitura dos sintomas autísticos. Começando pelo isolamento, sinal de que o autista não admite invasões em seu mundo; como porém, a participação mínima do lado de cá da vida é inevitável, sua manifestação se reduz a alguns movimentos repetitivos como agitar as mãos, girar indefinidamente um prato ou a roda de um brinquedo, qualquer coisa enfim, que mantenha a mente ocupada com rotinas irrelevantes que o livrem do convívio entre as pessoas.
Uma explicação possível para o sintoma autista de girar sobre si mesmo, seria a produção de tonteira através da rotação, provocando um passageiro desdobramento entre perispírito e corpo físico, livrando a criança, momentaneamente, da prisão celular.
As crianças autistas muitas vezes manifestam rejeição a alguma parte do corpo, através de auto-agressão. Isso pode ser um sinal de rejeição à própria personalidade.
Quanto à relação ambígua consigo mesma, manifestada pela troca dos pronomes pessoais (referindo-se a si mesma como “tu” e ao outro como “eu”), podemos pensar na possibilidade de obsessão espiritual, já que com os desacertos do passado, muitos são os desafetos.
Uma análise mais profunda da disfunção da linguagem, pode ser feita a partir da hipótese proposta por Hermínio Miranda em seus livros “A alquimia da mente” e “Autismo, uma leitura espiritual”. Segundo o autor, normalmente ao reencarnar, o espírito se instala à direita do cérebro e por 2 ou 3 anos passa para o hemisfério esquerdo a programação da personalidade daquela encarnação. Neste período é formado o mecanismo da linguagem. No caso do autismo o espírito permanece –autísticamente- no lado direito, área não-verbal do cérebro, sem participar deste processo. É natural que este ser que vem compulsoriamente, sem interesses em envolver-se com as pessoas e o mundo, torne o seu sistema de comunicação com o ambiente, o mais rudimentar e precário possível. Encontramos informações que reforçam esta hipótese:
-1a sabe-se que o corpo caloso, estrutura que liga os dois hemisférios cerebrais, não desempenha durante os primeiros 2 ou 3 anos de vida, a função de separar faculdades dos dois hemisférios.
-2a a partir do segundo ou terceiro ano de vida é que o hemisfério esquerdo assume a linguagem.
-3a o autismo eclode até o terceiro ano de vida quando se percebe uma interrupção do desenvolvimento da linguagem.
Parece então que até os 2-3 anos as crianças vão se comunicando através dos 2 hemisférios, e a partir de então só se comunica quem tiver implantado no h.esquerdo esta função, o que não acontece com o autista.
VIII – Tratamentos:
O autismo é um quadro de extrema complexidade que exige abordagens multidisciplinares, visando a questão educacional e da socialização, assim como o tratamento médico.
O tratamento médico é realizado com medicamentos para reduzir sintomas como agitação e agressividade.
É importante dizer que pesquisas têm sido dirigidas no sentido de se encontrar medicamentos que estimulem a liberação de neurotransmissores específicos ou reproduzam os seus efeitos. Neurotransmissores que sejam responsáveis pelo funcionamento químico dos neurônios-espelho.
Do ponto de vista do espírito, por mais paradoxal que possa parecer, o remédio para o autismo é o próprio autismo como forma de drenagem perispiritual.
IX – Prognóstico:
Alguns pacientes autistas conseguem alcançar um certo nível de autonomia. A literatura mostra que alguns fatores estão ligados a um melhor prognóstico:
1- Significativa destreza verbal adquirida antes de instalada a doença.
2- Diagnóstico precoce e concentração de esforços tão cedo quanto possível. Tratamento e terapia devem ser iniciados quando a anormalidade é observada na criança pela 1a vez.
X – Conclusão:
Na certeza de que a diferença mais importante entre nós e nossos pacientes está em um pouco mais de boa vontade de nossa parte, e isto foi dito mais de uma vez pelo nossos mentores, cito mais uma vez o sr Hermínio Miranda para concluir este trabalho.
É necessário construir uma ponte para ligar o mundo externo ao mundo íntimo do paciente. É importante que não nos comportemos de forma autística, nos fechando nos nossos mundos de clichês, cheios de padrões, desinteressados em andar metade do caminho, na direção do paciente.
Uma possibilidade é tentar interpretar os seus sinais não-verbais. É bem verdade que não há muitas palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal. Para se expressar através dela, há os gestos, a vibração sutil da emoção, da solidariedade, da paciência, da aceitação da pessoa como ela é, não como queremos que ela seja.
Se estivéssemos no lugar deles, como gostaríamos de ser tratados? É presumível que eles estejam fazendo tudo que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que lhe estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa!
XI – Referências bibliográficas:
1- Revista Scientific American
2- Revista Brasileira de Psiquiatria
3- CID 10
4- Autismo, uma leitura espiritual – Herminio Miranda
5- Alquimia da Mente – Herminio Miranda
6- Orientações mediúnicas, Grupo de Estudos de Espiritismo e Psiquiatria da AMEMG

O AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA

Queridos amigos Leitores..
Venho neste instante comentar um assunto muito importante que fui pesquisar na internet e me deparei com esse artigo.. Não faço em nenhum momento referência à crença religiosa, já que este Blog não tem essa característica. Mas realmente achei bem interessante e gostaria de compartilhar com vocês... 
Fiquem à vontade.. ... Daniela Bolzan


Autismo na visão espírita...
As estatísticas dizem-nos, no âmbito do materialismo, que a doença se manifesta entre um e 3 anos de idade, porém na minha visão espírita considerando que toda uma consequência tem uma causa, ela já está presente mesmo antes da reencarnação e veremos porquê!

Os sintomas do autismo encerram:

. Perturbação na periodicidade da aparição de capacidades físicas, sociais e linguísticas;
. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.
. Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Devido a tal situação torna-se também restrita compreensão de ideias. Aplica palavras sem associação ou sem significado concernente com o significado.
. Percepção anormal dos objetos, eventos e pessoas.

Enteando esta fase verificaremos desde já que o espírito fragilizado está encerrado em si mesmo, e preso no fundo entre os dois Mundos, no da erraticidade e no material.

A essência obscura do autista, aprisiona-os ao medo de enfrentar uma nova experiência, porque sabedores da sua condição, asfixiados por passagens menos dignas de amor e valorização moral, estes irmãos, ao reencarnar detêm um tempo maior da separação perispiritual de tal nível, o qual por vezes se acha já presente no momento de transição aquando da sua concepção, na busca do aborto à revelia da Lei, porém todos sabemos que nada podemos contra a mesma. Daí muitos dos partos destes espíritos serem complicados.

Claro que todos sabemos e não tem nada de novo que o crescimento educativo do espírito encarnado, se faz no período propicio da infância até aos 7 ou 8 anos de idade, mas isto em situações normais, porque no caso destas individualidades, a perturbação, se faz presente por mais tempo, como se estivesse em período de estância gestacional, tal como afirmei atrás estes espíritos sentem pressionados pelo receio de fraquejar, e estacionam, entre ambos espaços e daí a dificuldade de assimilar conhecimento e de se descobrir nos ambientes externos à sua vontade. Interessante é verificar que num estudo do feito por pesquisadores e comprova o que acabei de dizer;

“Pesquisadores realizaram o protótipo de um laboratório que simbolizava um útero e colocaram autistas, neste ambiente. Ali, eles tinham contato com sons e sensações semelhantes àquelas transmitidas pela mãe para o bebê quando este se encontra dentro do útero, mergulhado no líquido amniótico. A experiência foi de completo êxito, pois as crianças autistas apresentaram reações, tornando-se um pouco mais receptivas.

Num ápice os autistas são inteligentes, exigentes e seguros de si, para logo a seguir por vezes sem razão uma razão aparente, ou começam a saltitar como crianças, mesmo sendo adultos ou passam pelas pessoas sem as perceberem realmente. As vezes isolam-se e falam baixinho ou riem sem motivo, olhando não se sabe para quem ou onde. Algumas vezes se autoflagelam, se auto agridem, tornando-se agressivos a tudo e todos, não importa quem.

Bastante imprevisíveis têm a capacidade de transportar quem lhe convive a outro, da esperança ao desespero. Quando concentrados e atentos, todo o aprendizado é possível e quando um conhecimento ou experiência foram aprendidos jamais será esquecido.

O Autista aparece por efeito em duas situações: espiritual quando está bem marcado no seu perispírito, que o leva a ter lesões neurológicas, aquilo que se chama o espelho refletor do cérebro, nesse caso o indivíduo não consegue comunicar-se por causa de deformações ou lesões nos corpos sideral e físico. A é consequência do espírito, estar estigmatizada com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Por isso o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-aprisionamento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão directa do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro..

Mas vamos agora ao encontro da problemática provacional, e ela traz-nos ao o fulcro da vida, do vetor sensorial da existência e ponto vital da evolução educativa moral, espiritual e intelectual, a Familia, a escola ,o meio a sintonia envolvente que exige dos Pais e educadores uma entrega profunda de amor em toda a plenitude. A renuncia , a muito porque estes irmãos trazem em si um ensinamento para os progenitores, que faz com que a sua luta mereça de todos nós o maior respeito e oração em torno da sua coragem e luta diária para que consigam levar em frente tamanha obra como objetivo numa encarnação…

Segundo Bezerra de Menezes, no livro “Loucura e Obsessão” , muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vitimas que angariaram nesse mesmo pretérito.

Esta temática visa recolher o máximo afim de irmos ao encontro quer do porquê da deficiência, da provação e expiação e da necessidade do conhecimento dos valores da vida reais.

Certa vez, um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba. A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante. O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico:
- A criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de AUTISMO – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estávamos ali mais próximos:
- “o AUTISMO”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos...
E o Chico falou ao médico:
- É preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. É necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permaneceram na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa. Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui.

O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se (desencarnar)...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem, estamos na Terra para evoluir e sermos melhores, na maioria das vezes nós mesmos escolhemos caminhos mais difíceis para evoluirmos mais rapidamente.

 Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos muitas vezes diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito, e você é uma pessoa fundamental na nossa vida. Precisamos de você, és uma pessoal muito inteligente e especial.
Fonte : vozes do além
Obrigada 
Daniela Bolzan

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Série sobre autismo no Fantástico com Dr. Dráuzio Varella- Segundo Episódio.




Autismo se instala nos 3 primeiros anos de vida; 

conheça possíveis sinais do transtorno

No segundo episódio da série “Autismo, universo particular”, Drauzio Varella investiga os sinais do autismo e por que é tão difícil chegar a um diagnóstico.





O ator Marcelo Serrado leva o drama do autismo para os palcos e revive um personagem marcante do cinema: Rain Man, sucesso nos anos 80. “Fazer um autista é um presente para qualquer ator. Porque esses caras são especiais”, diz o ator.
Como e quando o autismo se manifesta? Quais os primeiros sintomas? E por que é tão importante começar o tratamento o mais cedo possível?
O autismo se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que cordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. Embora o transtorno seja incurável, quando demora para ser reconhecido, esses neurônios não são estimulados na hora certa e a criança perde a chance de aprender.
Estudo mostrou que, enquanto nos Estados Unidos o diagnóstico é feito antes dos 3 anos de idade, no Brasil o transtorno só é identificado quando a criança já tem de 5 a 7 anos. Esse atraso agrava as deficiências do autismo e traz mais sofrimento para as famílias.
O caso de Kevin
Há seis anos, Vera e Reginaldo procuram um diagnóstico que os ajude a compreender os males que afligem o filho Kevin.  Vimos que ele se levanta diversas vezes, de madrugada, pra tomar banho. Desde pequeno, o menino começou a apresentar comportamentos peculiares.
Quando percebe que está chegando o momento de comer, Kevin fica agressivo. O som do liquidificador é especialmente irritante no autismo. Kevin se alimenta de papinha, ele recusa alimentos sólidos.
“A gente já foi em neuro, psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico, tudo quanto é médico a gente já foi. Uns falam que é retardo mental grave, outros falam que não. Tem médico que fala que ele não tem nada, que pode ser uma birra, uma manha”, diz a mãe. 
O neuropediatra Salomão Schwartzman analisou vídeos de quando Kevin era bebê. Aos quatro meses, ele se comportava como qualquer criança. Mas com um ano idade, ele já apresentava pequenos sinais de autismo.
“Fica olhando sempre na mesma direção. Ele não explora mais o ambiente. E uma face sem muita expressão”, analisa o médico.
Foi somente no mês passado que a peregrinação terminou. Kevin recebeu o diagnóstico de autismo - um diagnóstico tardio. A demora em identificar o transtorno dificulta o tratamento. Depois de seis anos, a família de Kevin pôde, finalmente, procurar ajuda especializada.
Kevin perdeu a oportunidade de receber tratamento nas fases iniciais de seu desenvolvimento. Agora, será preciso muito trabalho para correr atrás dos prejuízos.
“A gente sempre fala que a gente não vai ficar assim pro resto da vida, como que será que vai ser ele sozinho? Quem vai querer cuidar dele? Como será que vai ser a vida do Kevin? A gente se preocupa já com isso. 'E complicado, né?”, diz a mãe de Kevin. 
Sinais de autismo
Quais são os sinais típicos do autismo? Algumas características podem ajudar você a desconfiar quando a criança tem autismo. Desconfiar porque quem vai fazer o diagnóstico é o especialista.
Um dos sintomas mais comuns é quando a criança não responde ao ser chamada pelo nome.  A criança parece surda. Você chama pelo nome, ela não responde.
Na presença de outras crianças, ela se isola. Não participa de brincadeiras coletivas. Ela evita o contato físico. Você vai fazer um carinho e ela se afasta. Parece que tomou um choque. É hiperativo. Anda pra lá e pra cá, mexe em tudo, não para um minuto.
Mais uma característica marcante: não apontar com o dedo para o objeto que quer alcançar.
Ela pega no seu braço e leva até ele, como se usasse a sua mão como uma ferramenta.
A relação com os objetos - brinquedos, por exemplo - é diferente do esperado. Ela usa os objetos de uma forma muito particular. Ela pega um carrinho, vira ao contrário e é capaz de passar horas girando a rodinha.
Também não sabemos por que, mas pessoas com autismo parecem ter uma sensibilidade alterada. Podem cair no choro por causa de um simples toque. Mas, às vezes, se machucam feio e não demonstram sentir dor. Mesmo em dias muito frios, não se preocupam em se agasalhar.
A criança com autismo foge do contato visual. “Mesmo às vezes na primeira mamada. E é o momento em que seguramente o bebê olha nos olhos da mãe já com horas de vida. Algumas vezes você consegue detectar a falta desse contato”, explica Salomão.
Hoje, testes clínicos permitem entender melhor essa dificuldade.
O caso Gabriel
“O diagnóstico do Gabriel tem uns quatro anos mais ou menos. Porque até então eu não sabia. Sabia que o Gabriel era um menino especial”, conta a mãe do que menino que tem hoje 16 anos.  
Nós fomos com ele fazer um teste. O programa de computador registra para que ponto a pessoa está olhando quando vê uma figura na tela.
“Quando você mostra numa tela um bebê e um relógio, normalmente eles olham muito mais pro relógio. Eles não têm tanto interesse pra olhar pro bebê. Quando você mostra um rosto, um de nós deve olhar pros olhos - como eu estou olhando pro teu agora. Eles em geral olham pra outra parte do corpo”, explica Salomão.
Ao ver uma foto, Gabriel mostrou que é capaz de olhar nos olhos de uma pessoa. Mas revelou outro sintoma comum no autismo. Às vezes, ele não consegue interpretar corretamente o contexto de uma cena.
No autismo, pode existir uma dificuldade em interpretar figuras. “O que a gente imagina? Que provavelmente ele observa o mundo de forma fragmentada. Se você somar essa dificuldade de visualizar o contexto, mais as dificuldades que eles têm de linguagem, você começa a perceber que o mundo deles é muito diferente do nosso”, observa Salomão. 
De volta ao consultório, mais um teste com Gabriel.  Desta vez, para detectar se Gabriel é capaz de reconhecer expressões faciais. Gabriel diz que está vendo uma pessoa de boca aberta.
Para a maioria das pessoas, o reconhecimento é intuitivo. Mas Gabriel demora, procurando pistas que o ajudem a entender o que está vendo.
O caso Ana Beatriz
Drauzio Varella foi até Santo André, na grande São Paulo, para conhecer a Ana Beatriz, de 4 anos. “Eu fiz sete fertilizações pra ter ela. Graças a Deus ela veio. Eu tive ela com 46 anos”, conta a mãe, Marinês Câmera.
A mãe conta que Ana Beatriz nasceu prematura e se desenvolveu normalmente até os 2 anos. Mas quando entrou na escola, a mãe percebeu que tinha algo estranho, com 2 anos ela não falava. 
Alguns bebês com autismo nem chegam a falar, é bastante comum. Outros começam a pronunciar as primeiras palavras, mas de uma hora para a outra regridem. Um choque para a família.
Apesar de não falar, Ana Beatriz é uma criança cheia de habilidades - esperta mesmo.
Quando Drauzio Varella esteve em sua casa, ela mostrou que é capaz de entender números e organizar os brinquedos.
“Se você colocar fora da ordem, por exemplo, ela vai lá, empurra tudo, e ela coloca na ordem”, explica a mãe.
Marinês sabe que a filha tem autismo, mas está cheia de dúvidas quanto ao grau do transtorno.
“Ela entrou no consultório e me ignorou totalmente. Isso já é uma coisa que chama um pouquinho a atenção, porque não é esperado numa criança com desenvolvimento social típico”, aponta Salomão. 
Ao ganhar uma caixa de brinquedos, Ana Beatriz reage de forma inesperada. Em vez de brincar com os trenzinhos, ela começa a organizá-los em fileira, cada um por tamanho e cor, todos voltados para a mesma direção.
“Não é um brincar lúdico. Isso é uma organização, é uma coisa sistemática. Eles são extremamente sistemáticos. O mundo da criança com autismo é um mundo que ela tenta classificar, organizar, sistematizar”, diz Salomão.
A avaliação, feita a nosso pedido, foi até certo ponto tranquilizadora. “Ela não é um caso de autismo severo. Porque ela não demonstra até agora uma deficiência intelectual. Ela demonstra claramente que ela sabe o que quer fazer, identifica corretamente, organiza de forma absolutamente racional”, explica Salomão.
No próximo Episódio.
Quais são as possibilidades de tratamento para quem tem autismo? É possível controlar os sintomas mais graves?  Domingo que vem, continuaremos nesse universo particular.
Obrigada pela visita:
Daniela Bolzan


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Série sobre Autismo no Fantástico com Dr. Drauzio Varella



Especialistas afirmam que existe uma pessoa com autismo


 para cada 92;


Autismo era considerado uma condição rara, que atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos. Hoje, a pesquisa mais recente fala em um para cada 92.

Neste domingo (4), o Fantástico estreou a série ‘Autismo: Universo Particular’. Para produzir a série, Dráuzio Varella esteve casa de vários pacientes portadores desse transtorno para mostrar como vivem essas famílias e essas crianças.
No Paraná, há uma família com dois filhos em que o autismo se manifesta de uma forma bem diferente em cada um dos irmãos. O pai passa as noites segurando o filho enquanto ele dorme.
Kevin não para de se mexer e se bate repetidamente. Durante a noite, ele acorda querendo tomar banho, porque só isso o acalma por algum tempo. “Já tive vontade até de me matar pela situação de bater nele, dele se agredir e não ter o que fazer, entendeu? Já passou pela minha cabeça de fazer qualquer besteira, então é difícil”, conta o pai.
Os pais de Kevin estão em busca do diagnóstico de que o filho tenha autismo, um distúrbio que desafia a ciência. Não se sabe as suas causas e ele é cada vez mais comum. Especialistas calculam que o autismo atinja 1% das crianças.
“O autismo hoje é considerado um distúrbio no desenvolvimento causado por condições genéticas e ambientais e que, na verdade, não é uma condição só. Hoje, a gente fala em um conjunto de autismos pela enorme variabilidade que ele tem. A característica fundamental dos autismos é o prejuízo na comunicação, na interação social e na presença de comportamentos peculiares. Comportamentos repetitivos sem muito significado, que os indivíduos parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara”, explica o neuropediatra especialista em autismo Salomão Schwartzman.
O médico explica que o autismo era considerado uma condição rara, que atingia quatro indivíduos para cada 10 mil vivos. Ele aponta que a pesquisa mais recente fala em um para cada 92. “A gente está falando de uma coisa que não é rara, é extremamente comum. Você encontra na escola, no escritório, no seu consultório, identifique ou não”, avalia Schwartzman.
Segundo o especialista, o autista é metódico. “O mundo ideal é aquele em que as coisas não se modificam. Eu acordo na mesma hora, visto a mesma roupa, tomo café do mesmo jeito, no mesmo prato, com a mesma xícara. Qualquer variação disso traz um extremo desconforto”, explica o neuropediatra.
Uma família que vive o autismo muito intimamente mora em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Renato, o pai, sempre foi meio esquisitão. “Desde criança eu achava ser estranho normal, mas porque eu tirava por mim. Para mim, todo mundo era estranho”, conta ele. Renato casou com Ana Maria, que já tinha uma filha, Fernanda. Juntos, eles tiveram Mateus e Máximo – os dois com autismo – e Bárbara, a mais nova. “Eu já estou mais do que acostumada a lidar com eles. Na verdade, acho eles mais fáceis por causa da questão da rotina”, diz Ana.
Mas mesmo as atividades mais rotineiras podem ser um imenso desafio para pessoas com autismo. Escolher um conjunto de roupas para trocar o filho pode ser uma tarefa impossível.
“É muita opção. Combinação de cor, de não sei o que... Sempre me visto pelo conforto e, exatamente para não ter esse problema de combinação, visto uma cor só”, brinca Renato.
Os humanos são animais sociais. Se não tivessem formado grupos, os antepassados teriam desaparecido da face da Terra. Mas há pessoas com transtorno de desenvolvimento que apresentam enorme dificuldade de relacionamento social. Para elas, sons, movimentos, olhares e solicitações dos outros provocam um curto-circuito que as deixa desorientadas e aflitas. O autismo é um transtorno desse tipo, no qual a rede de neurônios que controla, no cérebro, a comunicação e os contatos sociais está desorganizada. “Diria que a marca registrada do autismo é a falta de desejo ou de possibilidade de interagir com o outro”, diz Schwartzman.
Atualmente, o autismo é considerado um distúrbio com um amplo espectro de manifestações, desde as crianças, como Kevin e Máximo, que têm enormes dificuldades de responder aos estímulos, até pessoas que têm problemas de convívio social, mas são extremamente talentosas em áreas específicas. O cérebro deles funciona de forma única, que ainda é um mistério para a ciência.
Em um quarto cheio de circuitos eletrônicos e fórmulas matemáticas, um autista genial é Jacob Barnett. Ele está prestes a se tornar mestre em física quântica aos 14 anos. Ele dá aulas na internet desde pequeno e hoje participa de pesquisas na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e pode ganhar o Prêmio Nobel.
O caso dos irmãos de Curitiba Nicholas, de 13 anos, e Thomas, de 15, é parecido. O mais velho, que já aos 3 anos demonstrava facilidade com números, já fez diversos cursos em nível universitário nas áreas de matemática e ciência da computação.
Segundo o neuropediatra Salomão Schwartzman, o impacto de um filho autista em uma família pode ser brutal. “É algo muito difícil de você lidar. Quando você tem um filho que é um deficiente intelectual, por qualquer razão que seja, depois de algum tempo, por maior que seja o luto que você tem com relação a isso, você se habitua a uma criança que bem ou mal tem uma linha de base. Ou seja, ele tem prejuízos, mas que depois de algum tempo você sabe quais são e passa a conviver bem com isto”, diz.
Na novela ‘Amor à vida’, a atriz Bruna Linzmeyer interpreta Linda, uma garota com autismo. “Eu tinha ouvido falar muito pouco sobre o autismo, porque é um tema muito pouco conhecido pela nossa sociedade. A gente criou uma linguagem dessa personagem se comunicar, como ela dramaturgicamente se envolve em cena. Isso é o mais difícil. Cada detalhe é muito importante”, conta ela.
Na próxima semana, o Fantástico investiga o diagnóstico de autismo: como descobrimos que alguém tem autismo se nem sabemos ao certo o que provoca esse distúrbio? Não perca!
Obrigada pela Visita
Daniela Bolzan.

Mais uma Grande Conquista na vida do meu Autista Preferido. (Daniela Bolzan)

Olá caros Amigos leitores;
Hoje venho com muita alegria compartilhar mais uma experiência como mãe.
Dupla inseparável. Minha Vida.
No Domingo fomos passear em uma chácara, foi muito legal e divertido mas  esse passeio se tornou muito mais que especial quando tentamos colocar o Gabrielzinho montado em uma das éguinhas. No início ele ficou um pouco desconfiado, mas aos poucos foi adquirindo confiança. Sentou tranquilinho junto com a nossa prima e ficou todo contente. Nós imaginávamos que ele iria ficar com medo só de ver um cavalo por perto, e para a surpresa de todos ele  ficou imensamente feliz e acreditem, não queria descer, amou passear em cima do cavalinho...
Como se nao bastasse tanta felicidade, ele ainda se aproximou das vaquinhas.. 
Estou tão feliz por mais essa conquista do pequenino, ele está cada dia mais feliz e satisfeito. E a cada dia uma conquista... 

Felizes na primeira voltinha

Gostou tanto que quis passear mais com nosso tio.

Estamos cada dia mais felizes com o progresso de nosso Gabrielzinho.
Grande beijo a todos vocês familiares de autistas. Acreditem em seus anjos, eles podem muito mais do que vocês podem imaginar...
Com muita felicidade
Daniela Bolzan



Uma virada histórica contra o autismo

Uma virada histórica contra o autismo

Cientista brasileiro cria um modelo de pesquisa e um tratamento - em teste - para a doença ainda sem cura

Mônica Tarantino
Pela primeira vez na história, um grupo de cientistas conseguiu recriar, em laboratório, células nervosas do cérebro de crianças autistas. Antes desse feito, só era possível estudar neurônios de crianças autistas a partir de amostras tiradas de cérebros já sem vida. “Enfim obtivemos células vivas com as mesmas características genéticas daquelas encontradas no cérebro de crianças autistas”, diz o geneticista brasileiro Alysson Muotri, 38 anos, que liderou o trabalho pioneiro e dirige um laboratório de pesquisa que leva seu nome na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.



ESPERANÇA
Ivan, 7 anos, doou amostras de células para o projeto que estuda as origens do autismo.
Sua mãe, a modelo Andrea, acredita que em breve surgirão novas terapias contra a doença

Foto: Pedro Dias

O novo modelo de estudo está permitindo descobertas importantes para esclarecer a origem da doença neurológica que acomete, com forma e intensidade variada, uma em cada 88 crianças, de acordo com estatísticas recentes do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, o CDC. “Agora podemos acompanhar sua evolução desde o início”, diz Muotri. 
Os cientistas já conseguiram ver, por exemplo, que os  neurônios das crianças autistas são menores e têm menos dendritos (extremidades que atuam na troca de estímulos entre células nervosas e com o meio em que estão inseridas) desde a sua formação. Na tentativa de corrigir a forma e o funcionamento desses neurônios diferenciados, foram testados medicamentos. O estudo que narra essas conquistas científicas foi publicado pela revista científica Cell.
Agora, remédios estão sendo testados com o intuito regularizar a forma e as funções desses neurônios alterados. Um deles foi o IGF-1, um hormônio semelhante à insulina e que é ministrado a pessoas com problemas de crescimento. No laboratório de Muotri, o IGF-1 reverteu a condição autista dos neurônios, igualando-os aos neurônios de crianças não autistas.
A etapa seguinte foi avaliar o efeito desse medicamento em pacientes de autismo. Na Itália e nos Estados Unidos, estão em andamento estudos para avaliar os efeitos do IGF-1 em pacientes com Síndrome de Rett. Os portadores dessa síndrome, que acomete 1% dos autistas, podem perder a coordenação motora, sofrer de rigidez muscular e morrer ainda na juventude.  Espera-se que o remédio possa ter efeito também sobre outros tipos de autismo. 
A segunda e mais recente descoberta feita por Muotri e seus colaboradores foi um novo gene diretamente associado às alterações na forma e funcionamento dos neurônios de autistas com a Síndrome de Rett. O achado foi feito a partir do sequenciamento do DNA das células de um menino brasileiro. Este estudo, ainda inédito, está sob análise para publicação em revista científica. 
Em laboratório, foi testada uma nova molécula, a hyperforina, que se mostrou capaz de corrigir o funcionamento dos neurônios vivos recriados com características autistas. 
O resultado foi animador a ponto de a equipe ministrar a substância à criança que doou o dente de leite do qual foram derivados os neurônios estudados. “Foi um passo importante para uma futura medicina personalizada”, avalia Muotri.
Com o uso da medicação, os pesquisadores observaram na criança uma melhora da capacidade de manter a atenção. Porém acreditam que ainda muito cedo para relacionar a mudança aos medicamentos porque a terapia foi interrompida por questões familiares.
Em outra frente de pesquisa, a geneticista Maria Rita Passos-Bueno, do Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) da USP, também parceira de Muotri, está seqüenciando o DNA dos neurônios cultivados em laboratório de crianças autistas. Ela descobriu que falta ou sobra um pedaço de DNA a uma população que pode ser de até 10% dos autistas.
O teste que detecta essa variação, conhecido pela sigla aCGH, está em vias de ser lançado comercialmente pelo Centro de Estudos do Genoma Humano, da USP. “Ele oferece 15% de acerto na identificação do autismo. Os outros testes existentes chegam a 10%”, explica a  cientista Maria Rita. 
Esse conjunto de achados científicos está revigorando as esperanças dos pais de autistas. “Ter no que acreditar torna a vida mais leve”, diz a modelo Andrea Coimbra, 43 anos, mãe de Ivan, 7 anos, que participou do projeto Fada do Dente. Ela sempre evitou dar remédios para acalmar o filho, às vezes bastante agitado, porque aguarda o resultado das pesquisas. “Espero um medicamento que seja específico para sua forma de autismo e mutações genéticas. Acho que esse dia não está longe”, diz Andrea.
Células copiadas 
O primeiro passo para a criação desse novo modelo de pesquisa – com neurônios vivos derivados de pacientes com doenças neurológicas -- teve início com a coleta de amostras da polpa do dente de crianças com autismo. 
Para obter o maior número possível, o geneticista Alysson Muotri e seus colaboradores criaram o projeto Fada do Dente, que estimula os familiares de autistas no Brasil e nos Estados Unidos a enviarem pelo correio os dentes de leite dos filhos.
Em seguida, algumas dessas amostras foram submetidas à técnicas de reprogramação celular, inventadas por cientistas japoneses, para fazê-las regredir até um estágio similar ao de uma célula-tronco embrionária, que pode se tornar qualquer tecido do corpo 
“Para promover essa transformação, recorremos a quatro genes presentes em células-tronco embrionárias, aquelas que podem evoluir e se diferenciar em qualquer tipo de tecido do corpo”, explica a geneticista Patrícia Braga, do Laboratório de Células-Tronco da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) e parceira de Muotri em seus estudos. A geneticista atualmente trabalha na comparação das informações genéticas fornecidas pela análise do DNA de dez crianças autistas. 
A geneticista Patrícia está trabalhando na interpretação das informações geradas pelo seqüenciamento genético dos neurônios recriados em laboratório de dez crianças autistas. O objetivo é agrupar os pacientes com mutações semelhantes em busca de um denominador comum entre os vários tipos de autismo. “Começamos a ver que existem variações comuns que compõem uma base molecular da doença”, diz ela.
Os genes selecionados são conduzidos até o núcleo das células-tronco da polpa do dente de leite por um vírus modificado em laboratório e que tem a capacidade de infectar o núcleo da célula, exatamente onde fica guardado o código genético (o DNA). Ali chegando, o vírus despeja sua carga – os genes que vão modificar o DNA e, desse modo, alterar o funcionamento dessa célula.
Três semanas após terem sido infectadas, as células-tronco da polpa do dente se tornam células-tronco pluripotentes ou embrionárias induzidas (iPS). O passo seguinte é converter essas células em neurônios. Para que isso aconteça, elas são colocadas em um meio líquido contendo as moléculas necessárias para sua estimular a mudança.
Ao evoluir para neurônios, as células carregam a predisposição ao autismo. Isso permite observar a evolução da doença desde estágios precoces e a avaliação do efeito de medicamentos.
Multinacionais farmacêuticas especulam a possibilidade de usar o novo modelo para testar novos medicamentos para doenças neurológicas e psiquiátricas.  
 NA TELINHA DA TV
Na trama da novela Amor à Vista, de Walcyr Carrasco, transmitida às 21 horas pela Rede Globo, a atriz Bruna Linzmeyer vive uma garota autista de 20 anos. É uma oportunidade ímpar para dar visibilidade ao drama que envolve pelo menos 1 milhão de brasileiros com algum grau de autismo. 
“Estima-se que 1% da população mundial tenha autismo”, diz Estevão Vadaz, coordenador do Projeto Autismo no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de  São Paulo. No Brasil, menos de 10% dos casos são diagnosticados. 
A situação se mantém inalterada apesar da aprovação da lei Berenice Piana, em dezembro de 2012, que garante aos autistas os mesmos direitos de outros portadores de deficiências.
“A lei precisa ser implementada. Não há profissionais treinados, não há escolas com os recursos mais atuais para sua educação, não há medicamentos”, afirma Vadaz. 
No mês passado, a USP pediu novamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a aprovação de dois remédios para tratar crianças autistas. 
O mesmo pedido de aprovação foi negado antes pela ANVISA sob a argumentação de falta de comprovação dos benefícios. “É um absurdo. São os mesmos remédios já aprovados nos Estados Unidos, Europa, Escandinávia e Austrália, mas que custam muito caro aqui por falta dessa aprovação e são alvo de muitas liminares”, diz o psiquiatra Vadaz. 
Frente ao atraso do País no enfrentamento da  doença e diante dos avanços científicos recentes, o governo brasileiro discute com Muotri a criação de um centro de referência para diagnóstico, tratamento e pesquisa do autismo. Tomara que saia do papel e se torne realidade antes da novela das nove acabar.     
 SOBRE O AUTISMO
- Transtorno neurológico que afeta a comunicação, a sociabilidade e o comportamento
-  Estima-se que existam 2 milhões de autistas nos EUA. Os cuidados com essa população são parcialmente assumidos pelo governo americano e consomem US$ 137 bilhões de dólares por ano. 
- No Brasil, acredita-se que existam 1 milhão de autistas, 90% deles não diagnosticados. 
- Em dezembro de 2012, foi aprovada a Lei Berenice Piana, que estende aos autistas os mesmos benefícios concedidos aos deficientes (creches, tratamento no SUS, intervenções precoces, tratamento odontológico)
 Fonte: Isto é independente

Obrigada pela Visita
Daniela Bolzan