sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Benefício dos tablets na vida de crianças autistas, a esperança que surge através da tecnologia com resultados excelentes e milagrosos (Daniela Bolzan- Murilo Queiroz)


Agora vamos ler a segunda colna de Murilo queiroz, cientista da computação que encontrou no tablet a melhoria de seu filho de 4 anos de idade  que também é porttador de autismo.
Fiquem a vontade para comentar.

Abaixo as palavras de Murilo Queiroz:

Primeiro precisamos definir o que é um tablet (palavra em inglês que significa“tabuleta” ou “prancheta” – e não “tablete”!). Um tablet é qualquer computador que seja composto apenas de uma tela do tamanho de um livro (ou maior) e que para ser usado não precise de teclado, mouse ou outros dispositivos de entrada tradicionais. Ao invés disso, é controlado por toques (dos dedos ou de uma pequena caneta) na tela.

É justamente não precisar de mouse, teclado ou inúmeros botões que torna os tablets tão intuitivos, e por isso muito interessantes, especialmente para autistas. Tocar diretamente as figuras ou arrastá-las com o dedo são tarefas extremamente simples, rapidamente assimiladas.

O tablet mais famoso do mundo é, sem dúvida, o iPad, fabricado pela Apple, mas existiram muitos antes dele (como o Newton, produzido pela própria Apple em 1993 e considerado um fracasso!) e hoje há inúmeros modelos, de diferentes marcas e preços. Quase todos podem ser uma ferramenta interessante e divertida tanto para crianças com autismo quanto para o dia a dia de pais e cuidadores, e praticamente tudo que se fala sobre “iPad e Autismo” se aplica a esses outros tablets também.

O Sistema Operacional

Já sabemos que um tablet é um tipo de computador, e todo computador precisa de um sistema operacional (SO), que é o programa principal, responsável por controlar a execução de todos os outros. Ao ligar um computador ou tablet a primeira coisa com que se tem contato é o SO; é ele que dá “a cara” ao computador, e é através dele que realizamos todas as tarefas.

O sistema
operacional mais usado e conhecido é o Windows, produzido pela Microsoft e presente na maioria dos computares de mesa e notebooks. Ele é tão comum que às vezes é confundido com o próprio computador, mas existem alternativas: os computadores produzidos pela Apple (chamados Macs), por exemplo, não rodam Windows, mas um sistema da própria Apple (o Mac OS X). Um outro sistema operacional conhecido é o Linux, que é totalmente gratuito por ser software livre (o que significa que qualquer pessoa tem acesso aos detalhes do seu funcionamento interno e é livre para fazer modificações e melhorias nele, algo que o torna extremamente interessante para profissionais da área, estudantes e curiosos).

Um ponto importante é que programas (como um editor de textos ou o navegador que usamos para acessar a Internet) são feitos para sistemas operacionais específicos. Um programa feito para Windows não vai funcionar em um computador da Apple, ou em um computador idêntico mas que esteja rodando o sistema operacional Linux. Dessa forma, o sistema usado por um computador ou tablet determina quais programas vão funcionar nele.

Modelos de Tablets e seus Sistemas Operacionais

tablets2-siteWindows (Microsoft)

Vimos que o Windows é um sistema operacional muito conhecido, e que programas para ele vão rodar em quaisquer computadores que o usem, mas será que existem tablets com Windows?
A resposta é sim! Antes da febre do iPad existiram muitos modelos assim, mas hoje são bem mais raros. Na prática eles são notebooks com tela de toque, e por isso compartilham as mesmas qualidades e defeitos dos notebooks.
Por rodarem Windows são compatíveis com praticamente todos os programas que já usamos nos computadores de mesa, o que é ótimo, mas também por isso acabam sendo raros os programas feitos especialmente para o uso com toque. Como o Windows não foi feito para tablets, muitas vezes usar aplicativos sem o teclado físico é algo desajeitado, e a própria interface sempre nos lembra que foi feita pensando em um mouse, e não nos dedos!
Além disso, por serem derivados de notebooks esses tablets costumam ser tão caros e tão pesados quanto um notebook, o que prejudica bastante a mobilidade (e autonomia, já que a bateria não dura muito). Dois modelos que chegaram a fazer sucesso foram o Dell XT2 e o HP Slate 500. O site http://www.openautismsoftware.org possui alguns programas gratuitos, voltados para o autismo, específicos para esses tablets.

iOS (Apple)

Como já mencionamos a Apple utiliza em seus computadores de mesa e notebooks um sistema próprio, o Mac OS X. Durante o desenvolvimento do iPhone esse sistema foi fortemente modificado e adaptado de maneira a funcionar bem em um telefone celular. O sucesso fenomenal do iPhone, que inaugurou a febre dos chamados smart phones (telefones celulares com acesso a Internet e capazes de executar um grande número de programas sofisticados) tornou essa versão, rebatizada de iOS, muito popular. É importante notar que o iOS ficou tão diferente do Mac OS X que programas para computadores comuns da Apple não funcionam nele.
Além do iPhone, a Apple também produz o iPod Touch, que nada mais é que um “iPhone sem o celular”, o que faz bastante sentido, já que muita gente usa o iPhone não para fazer ligações mas para jogar, acessar a internet, assistir a vídeos e ouvir música. O iPod Touch roda o mesmo sistema do iPhone, e como já vimos, isso faz com que todos os programas para iPhone funcionem no iPod Touch e vice-versa.
O iPad, por sua vez, nada mais é que um “iPod Touch grande”. A tela bem maior trouxe diversas novas oportunidades, é claro: é muito mais confortável ler uma revista digital no iPad que no iPhone ou iPod, mas fora a tela grande, o funcionamento é exatamente o mesmo.
O importante a notar aqui é que a maioria dos programas voltados para autismo funciona tanto no iPad quanto no iPod Touch, que é menor e muito mais barato, porque todos eles são para o iOS!

Android (Google)

Da mesma forma que a Apple usou um sistema operacional de computadores de mesa para criar um exclusivo para tablets, o gigante da Internet Google também se baseou num sistema já existente. Como o Google não possui um sistema operacional próprio (como a Microsoft e a Apple) ele preferiu adotar o Linux, livre e que pode ser modificado à vontade.
Assim como ocorreu com o iOS o sistema para tablets criado pelo Google ficou tão diferente do Linux original que recebeu um novo nome: Android. Assim como o Linux o Android também é software livre, e pode ser distribuído e modificado. Isso causou um efeito interessante: diversos fabricantes, partindo dos líderes de mercado como Samsung e Motorola e indo até pequenas marcas chinesas praticamente desconhecidas passaram a produzir smartphones e tablets Android. Recentemente a Amazon lançou um tablet Android também, o novo Kindle Fire, bem diferente e voltado aos livros e outros serviços (como a venda de livros digitais, os ebooks) da Amazon.

Por causa disso há uma enorme variedade de dispositivos Android, que variam de celulares baratinhos até tablets tão ou mais sofisticados e caros que o próprio iPad. Seguindo a regra que já mencionamos, os programas feitos para Android vão funcionar na maioria dos dispositivos que usam esse sistema. O problema é que a variedade de equipamentos é tão grande que os dispositivos acabam ficando muito diferentes entre si, com relação a velocidade, memória, tamanho da tela e outros recursos. Além disso, há várias versões diferentes do Android: as mais comuns são a 2.2 e 2.3, usadas em celulares e em tablets baratos, e a 3.0 e 3.1, específicas para tablets.
Na prática, devido a essa variedade (chamada também de fragmentação e que muitos consideram a maior fraqueza do Android), nem todos os programas vão funcionar, qualquer que seja seu dispositivo. É claro que um tablet grande e caro, como por exemplo o Samsung Galaxy Tab 10”, Motorola Xoom ou Acer Iconia tem mais chances de ser capaz de rodar tudo. E a quantidade total de programas para Android, apesar de vir crescendo muito, ainda é bem menor que a de programas para iOS.
Ao mesmo tempo, tablets baratos como o Coby Kyros (que pode ser encontrado por menos de R$ 300, cinco vezes menos que um tablet topo de linha) são capazes de rodar uma grande quantidade de programas, inclusive a maioria dos voltados ao público infantil (ou autista). Não ficam tão rápidos (ou, às vezes, tão bonitos), mas funcionam.

E afinal, qual tablet comprar?

Como vocês podem imaginar, essa é uma decisão difícil; com certeza há razões para discordar de qualquer sugestão que eu possa dar! Ainda assim, arrisco-me a dar umas dicas, e receberei com prazer sugestões e críticas na seção de comentários.
O tablet ideal para você depende, basicamente, do seu perfil:
Se seu orçamento é mais generoso vale a pena investir num tablet sofisticado, e aí a decisão fica entre o iPad e um tablet Android topo de linha, como o Samsung Galaxy Tab de 10 polegadas. Escolha o iPad se tecnologia não é sua praia, já que o Android pode ser um pouco menos amigável, especialmente no início.
Na faixa de preço mediana você pode escolher entre um iPod Touch, que é do tamanho de um celular, ou Samsung Galaxy Tab (de 7”). Se você fizer questão de uma tela maior mas não pode pagar muito, a alternativa é o Coby Kyros de 10”.
Se a idéia é gastar o mínimo, compre um tablet Android de entrada. Tenha em mente que ele naturalmente é mais limitado que um iPad ou Android 3.0 (não dá para comparar um carro 1.0 com um sedã de luxo!), mas ainda assim é prático e vai rodar a maioria dos aplicativos que nos interessam. Nessa vale a pena procurar o Coby Kyros de 7”. Uma outra possibilidade é o Kindle Fire, da Amazon, mas é importante lembrar que ele é bem diferente, sendo provavelmente ainda mais incompatível com a maioria dos programas já existentes.
Por Murilo Queiroz. publicado em Revista autismo em Abril de 2011- reproduzido por Daniela Bolzan sem grandes alterações..

Tecnologia - decifrando as letrinhas dos tablets. ( Daniela Bolzan- REVISTA AUTISMO)


Por Murilo Queiroz.
Olá queridos leittores, hoje vou reproduzir as duas colunas do Murilo, ele percebeu a importância da informática e uso de tablets e ipods na melhoria das terapias feitas com crianças diagnosticadas autistas, vamos ler a primeira coluna publicada em abril do ano de 2011. segue abaixo:

Primeira coluna;

Como pai do Max, um menino autista de 4 anos de idade, e cientista da computação, é natural que um dos meus principais interesses seja o uso de novas tecnologias voltadas para auxiliar a educação formal e informal, a comunicação e o convívio social dos autistas.
A cada dois anos o renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT) oferece uma disciplina chamada “Autism Theory and Technology”, cujo principal objetivo é justamente explorar as possibilidades do uso de tecnologia, especialmente programas de computador (software) e dispositivos (hardware) para melhorar a qualidade de vida dos autistas e nossa compreensão do autismo propriamente dito. Também há iniciativas acadêmicas nessa direção no Brasil, mas ainda são muito raras, e dificilmente as soluções propostas pelo mundo acadêmico se transformam em produtos acessíveis ao usuário final (pais, professores, cuidadores e, é claro, os próprios autistas).

Felizmente isso vem mudando, e a cada dia vemos mais softwares específicos para autismo sendo disponibilizados. O lançamento do iPad, da Apple, um computador em formato de “tablet” (ou prancheta) operado exclusivamente com as mãos (não é preciso mouse ou teclado) e capaz de exibir gráficos de excelente qualidade chamou a atenção de entusiastas do mundo todo.
Em agosto de 2010 foi publicada no San Francisco Weekly uma reportagem de grande repercussão, que relatava alguns casos de sucesso em que pais de crianças autistas utilizam programas específicos com resultados surpreendentes. Isso gerou uma enorme onda de interesse; afinal o que o iPad teria de “mágico” e como ele poderia ajudar em casos de autismo? Valeria a pena um grande investimento num aparelho caro (um iPad custa o mesmo que um bom notebook) e frágil? E o que se faz com ele?
O “segredo” está, certamente, não apenas no dispositivo em si, mas nos programas utilizados. Muitos deles podem ser obtidos gratuitamente, enquanto outros podem ser comprados (com preços variando de razoáveis um ou dois dólares até várias centenas, em alguns casos) e instalados pelo próprio usuário, através da App Store (uma loja virtual de programas para os dispositivos da Apple). Essa é a primeira grande dificuldade dos pais interessados, já que nenhuma dessas aplicações está disponível em português, e nem sempre é fácil adquirir o software devido a sua indisponibilidade no Brasil.
A utilidade e adequação dos programas também varia bastante. Alguns são usados como auxiliares na comunicação baseada ou inspirada no PECS (Picture Exchange Communication System, “Sistema de Comunicação por Troca de Figuras”). O interessante é que muitos desses programas, além de já trazerem um grande número de figuras prontas para serem usadas, também permite que os pais incluam as suas próprias fotografias e gravações com a própria voz, personalizando a aplicação com elementos do dia a dia do autista (e reduzindo o problema da aplicação não ter uma versão em português).
Outras aplicações são atividades pedagógicas mais específicas e tradicionais, para o ensino de cores e formas, letras e números, e formação de palavras. Também há aplicativos para trabalharem dificuldades específicas dos autistas, como reconhecer expressões faciais e para exprimir seus próprios sentimentos (selecionando de forma visual figuras que representam alegria, medo, irritação, etc.).
E às vezes aplicações comuns, feitas sem o autismo ou educação formal em mente, tais como jogos e aplicações musicais (que permitem ouvir e compor músicas) podem servir como um excelente reforçador em contextos como a ABA (Análise Aplicada de Comportamento, uma abordagem baseada em psicologia comportamental bastante bem-sucedida com autistas).
Mas não existe um “pacote pronto” ou um “iPad para Autistas”. O caminho mais comum é simplesmente fazer o download de várias aplicações diferentes, e explorá-las junto com a criança, numa atividade em conjunto com os pais, avaliando o interesse e a utilidade de cada uma. Algum conhecimento dos fundamentos teóricos em que se baseiam os programas – especialmente os relacionados a ABA e PECS – também pode ser útil.
Os recursos disponíveis ainda são precários, mas são os primeiros passos em uma área muito promissora!
Murilo Saraiva de Queiroz, 33 anos, é cientista da computação, mestre em engenharia eletrônica, e trabalha com o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias na Igenesis. Ele mora em Belo Horizonte (MG) com sua esposa Cyntia, psicóloga, e seu filho, Max, de quatro anos, autista.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Grande INDIGNAÇÃO, mais uma situação vergonhosa de preconceito e FALTA DE VERGONHA DE ALGUNS PROFISSIONAIS... Uma história triste e inconformável...( Por Karen Souza - mãe de Gustavo Autista de 6 Anos)

Iniciaremos este post  com uma história de muita tristeza, onde deveria haver solidariedade, compaixão e no mínimo respeito houve grosseria, preconceito e falta de profissionalismo. Leiam amigos leitores e ajudem a divulgar esta causa CONTRA O PRECONCEITO E APENAS UM POUQUINHO DE RESPEITO QUE DEVERIA ACONTECER NESSA SITUAÇÃO.

Enviado por Karen Souza;
Inicio estas linhas com um acontecimento muito triste, pois estamos sozinhos nesta luta, o que nos dizem que temos direito em momento algum foi aplicado a mim e meu filho no dia de ontem( 21-02-2012) . Pois bem, resolvi ir a Limeira cidade em que minha sogra mora. (Limeira se destaca por ser pólo de jóias e bijuterias) No caminho da casa da minha sogra têm diversas lojas, mas por ser carnaval, somente algumas estavam abertas, eu escolhi a loja maior que vi  pois pensei que teria muito mais variedades;  minha filha Giovanna adora brincos e pulseiras, e fomos nós às compras.
 Quando entramos tudo estava normal, o Gustavo, de 6 anos autista foi fazer o que sempre faz, andar por toda loja para conhecer o ambiente e eu fui escolher as peças, uma vendedora muito atenciosa estava me ajudando a escolher e ficar de olho nas crianças, uma vez que estava o Gustavo e a Giovanna andando pela loja.
 Logo já percebi uma mulher chamando a atenção do Gustavo, eu fui lá com toda calma e pedi para que ela entendesse, que ele era especial, por isso não parava de andar pela loja. A mulher fez uma cara e ficou por ali perto de Gustavo.
Voltei então a escolher as peças,  sempre de olho nele. Por ser uma loja de bijuterias e não de porcelana eu fiquei mais a vontade, pois não tinha o que ele  pudesse quebrar.
Mais uma vez escutei a mulher perguntando: "Quem é a mãe desta criança que não cuida dele?".Eu voltei mais uma vez  e conversei com ela.  Ela me falou que ele estava com 2 caixinhas de brincos na mão ( aquelas de camurça), ela dizendo que as caixas quebravam;Então eu pedia a ela que deixasse as caixinhas que eu iria comprá-la e disse que qualquer coisa que ele quebrasse eu compraria di delicadamente para deixar o menino em paz, pois ele estava ficando nervoso,(OS AUTISTAS REAGEM COM MUITO NERVOSISMO QUANDO PERCEBEM QUE ALGO PODE INCOMODAR O QUE ESTAVA FAZENDO). Logo veio um rapaz me chamar a atenção de novo dizendo  que eu deveria segurar o meu filho, etc.
 Eu me cansei e falei para a vendedora; "Já que eu não posso escolher, não vou levar mais nada, me desculpe faz ervocê perder seu tempo", fui ao encontro do Gustavo e da Giovanna, devolvi uma bolinha que estava na mão dele e falei para a cvendedora, "Me desculpe, ele tem dificuldades para entender por isso ele anda e segura algum objeto". 
A mulher teve a coragem de olhar na minha cara e dizer; " Já que é assim, não traga ele, pois não posso deixar ele quebrar a loja" (ELE NÃO QUEBROU NADA) eu falei "você precisa ter calma e paciência no jeito que trata as pessoas, pois graças a Deus ele não aparenta ser especial". Ela continuava ironizando dizendo" não posso fazer nada, você tem que cuidar do seu filho."
 Eu pensei como é possivél esta mulher  me tratar assim, e ninguém vai fazer nada?. Eu me dirigi ao caixa e pedi que chamassem a gerência;  Veio a mesma  mulher que estava maltratandoo Gustavo ,( eu fiquei muito nervosa, e me alterei,).  Eu falava; "Como pode uma Gerente tratar tão mal um cliente especial, que para ela não servia para nada, pois o consumidor têm direitos, e ela estava sendo mal educada e preconceituosa".
A mulher ficava o tempo todo com uma risadinha para mim, dizendo que ele estava quebrando e que não podia, ai eualterada disse mais uma vez que  que eu tinha  falado que se ele quebrasse qualquer coisa eu pagaria, e que não precisava nos tratar como criminosos.
Tinha 3 pessoas nos empurrando para a porta, eu falei que se ali não tinha ninguém a meu favor, então eu chamaria a policia, e foi o que eu fiz.
Eu estava em uma cidade desconhecida, sozinha com as crianças.
Quando a viatura chegou eles me ouviram, e nada se resolveu, eu falei para a policial, quero pagar o que ele quebrou, a Gerente disse que deixasse pra lá, eu falei, não eu quero pagar, é minha obrigação, e nada, enfim ELE NÃO QUEBROU NADA, A JUSTIÇA, POIS O PRECONCEITO ESTA EM TODO LUGAR, E PELO QUE EU SE FUI MUITO MAL ATENDIDA PELA POLICIA, ELES DIZIAM QUE O PRECONCEITO ESTAVA NA MINHA CABEÇA, ETC... A POLICIAL ME ORIENTOU A FAZER O B.O NA QUINTA FEIRA 23-02-12 . ESTAMOS MAIS SOZINHOS DO QUE NUNCA. QUERIA SABER QUAIS SÃO OS DIREITOS NESTE CASO, POIS ELA MENCIONOU VARIAS VEZES QUE O MENINO DEVERIA FICAR EM CASA, JÁ QUE ELE ERA AUTISTA, E NOS COLOCANDO PARA FORA DA LOJA. OS POLICIAIS TAMBÉM FALARAM ISSO, AO INVÉS DE FICAREM DO MEU LADO QUE ERA A PARTE LESADA ELES ESTAVAM DANDO RAZÃO PARA A LOJA. QUANTO AO ATENDIMENTO POLICIAL EU JA SEI O QUE FAZER, VOU ATÉ O BATALHÃO FAZER UMA QUEIXA AO CAPITÃO, AGORA QUANTO A LOJA O QUE EU POSSO FAZER?

Karen Souza - mãe de Gustavo autista de 6 anos.
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AGORA COLOCO AQUI MINHA INDIGNAÇÃO. EU, DANIELA BOLZAN TAMBÉM MÃE DE UM AUTISTA, JA PASSEI MUITAS VEZES POR SITUAÇÕES SEMELHANTES, MAS PERCEBO QUE AS PESSOAS ESTÃO CADA VEZ MENOS INFORMADAS SOBRE ESTE PROBLEMA, OU MELHOR, ASSUNTO. RECONHEÇO REALMENTE O QUE A KAREN DISSE, POIS EM MUITAS SITUAÇÕES AS PESSOAS PRESENCIAM NOSSOS FILHOS AUTISTAS GRITANDO E NERVOSOS E ACHAM QUE É APENAS UMA CRISE DE BIRRA, QUE NÃO EDUCAMOS ELES DA MANEIRA CORRETA. SÓ QUE DIGO COM TODA CERTEZA. NÓS FAMILIARES DE AUTISTAS SABEMOS QUE É MUITO ALÉM DO QUE ESSAS PESSOAS SEM INFORMAÇÃO PENSAM, PRINCIPALMENTE ESSES PROFISSIONAIS DEVERIAM REVER AS LEIS QUE INCLUEM CRIANÇAS E ADULTOS COM QUALQUER TIPO DE DEFICIÊNCIA E QUE DEVEM SER TRATADO SENAO DA MELHOR FORMA  POSSÍVEL, MAS NO MÍNIMO GENTILMENTE. POIS DIGO AQUI E REPITO, PODEM POLICIAIS PENSAREM QUE PODEM TUDO, GERENTES DE LOJAS ACHAREM QUE PODEM MAIS DO QUE UMA CRIANÇA NERVOSA E COM AUTISMO, MAS NÃO PODEM MAIS DO QUE DEUS E A JUSTIÇA. PORTANTO FAÇAM A PARTE DE VOCÊS PROFISSIONAIS, POIS NÃO É PORQUE TEMOS FILHOS AUTISTAS É QUE VAMOS DEIXÁ-LOS TRANCADOS EM CASA, MAS SIM VAMOS MOSTRA-LO A TODOS COM TODO AMOR E CARINHO E PRINCIPALMENTE ORGULHO QUE TEMOS EM TER NOSSOS ANJOS POR PERTO... E FAREMOS ISSO ENQUANTO VIVERMOS, POIS SE NÓS MÃES, PAIS, AMIGOS E FAMILIARES DE AUTISTAS FOMOS ESCOLHIDOS A DEDO POR DEUS PARA RECEBÊ-LOS EM NOSSA VIDA, PODEM TER A CERTEZA DE QUE VAMOS DEFENDÊ-LOS COM TODA FORÇA DO MUNDO E NÃO TENTEM ACHAR QUE ESTAMOS FAZENDO ALGO IRREAL, POIS DEUS, NOSSO PAI, ESTÁ DO NOSSO LADO E KAREM JAMAIS SE SINTA SÓ, POIS ESTAMOS TODAS JUNTAS, SE NÃO PODEMOS ESTAR PERTO UMA DAS OUTRAS PARA APOIARMOS NOSSOS PROPBLEMAS E FRUSTRAÇÕES  PODEMOS FICAR PRÓXIMAS PELO RÁPIDO CHAMADO DA INTERNET.
EU SOU MÃE SOLTEIRA, E TENHO ORGULHO DE TER UM FILHO ESPECIAL, AMO ELE COM TODO O MEU CORAÇÃO E SEI QUE O SENHOR RESERVA ALGUÉM PARA MIM QUE TAMBÉM AMARÁ MEU FILHO COM TODA SUA ALMA...
INCLUIR SEMPRE IREI, LEVO MEU FILHO PARA TODOS OS LUGARES, É CLARO QUE EM ALGUNS LUGARES ELE NAO QUER ENTRAR, MAS NÃO VOU ESCONDER MEU FILHO EM CASA COMO ESSA VENDEDORA DISSE JAMAIS. POIS PARA MIM ELE É O MEU DIAMANTE, O DIAMANTE QUE DEUS ME PRESENTEOU PARA SER LAPIDADO COM A AJUDA DE NOVAS PESSOAS IMPORTANTES QUE SURGIRAM NA MINHA VIDA.
SE ESSE ARTIGO FOR LIDO POR ALGUM POLICIAL, OU VENDEDOR DE ALGUMA LOJA, SEJAM DIFERENTES NA MANEIRA DE AGIR COMO ESSES VENDENDORES; AJAM COM CORDIALIDADE, POIS NÃO É SEU CHEFE, OU GERENTE QUE ESTARÁ TE ASSISTINDO , MAS SERÁ DEUS QUE LÁ DO ALTO FICARÁ ORGULHOSO DE VER UM FILHO DELE SEGUIR AS REGRAS DE GENTILEZA E DE RESPEITO COM O PRÓXIMO, MESMO QUE ESSE PRÓXIMO SEJA ESPECIAL OU NÃO, MAS COM CERTEZA A SUA PARTE VOCÊ ESTARÁ FAZENDO E ASSIM VAMOS MELHORANDO NOSSO PLANETA...DEUS OLHA VOCÊ, PORTANTO JAMAIS TENTE SER MAIS DO QUE ELE...

Daniela Bolzan... Preconceito jamais... gentileza sempre....