sábado, 26 de novembro de 2011

Opinião sobre preconceito de Keyla Paim - Mãe de Samuel - Autista de 3 Anos e 8 meses - Goiânia - GO.


Na maior parte das vezes, a sociedade não está preparada para conviver com pessoas autistas . É frequente encontrarmos um pouco por todo o mundo crianças fora do sistema de ensino uma vez que a sociedade não apresenta as melhores condições de acompanhamento para estes, assim sendo, o direito à educação não está sendo respeitado. Para além disso, a maneira que os Autistas são tratados não é necessariamente o que necessitam.
Os Autistas, ainda mais que os deficientes físicos e sensoriais, são alvo de um maior preconceito. Geralmente é lhes negado o acesso em escolas, uma vez que tê-los na escola seria um enorme encargo. A maior parte das escolas que aceitam Autistas, não sabem lidar com a situação, nem tão pouco se interessam. Não existem instrumentos específicos para educá-los. Grande parte dos Autistas ficam em casa aos cuidados da família.
Apesar de estarmos no século XXI, infelizmente, o preconceito continua a ser uma constante nas nossas vidas, sobretudo nas pessoas que são, por assim dizer, diferentes de nós, no sentido de não terem a mesmas capacidades físicas, sensoriais, intelectuais ou psíquicas.
Preconceitos inofensivos não existem, todos os preconceitos machucam. Uma palavra maldosa, escrita e oral, ou uma imagem, quando não se refere diretamente a nós pode até parecer inocente, engraçada, nada preconceituosa etc. E quase nunca nos damos conta do quanto uma palavra ou imagem preconceituosa pode magoar os outros.
Keyla Paim
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E-mail de Keyla, mãe de Samuel de 3 anos de idade. ela nos relata a importância de respeitar, seja uma pessoa portadora de autismo ou qualquer outra deficiência. O preconceito não deve exixtir de nenhuma forma. Deve sim existir de todas as formas o amor, a paciência, a dedicação, muitas maneiras de demonstrar o amor que com certeza sendo expressadas não haverá espaço para o preconceito. Pense Nisso...
Abraços
Daniela Bolzan





sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Preconceito contra autista dentro da própria Família, uma triste realidade - (Daniela Bolzan)

Olá caros amigos seguidores.
Primeiramente peço desculpas pela demora para colocar posts. Agora o blog voltará a ser atualizado diariamente...
Vou reiniciar este nosso contato com um assunto que tem chamado muito minha atenção. É sobre as crianças autistas e o preconceito que as pessoas insistem em colocar em prática.
Conheci uma mãe (vou citar nomes fictícios),  Giovanna  que desconfiou  algo diferente em seu filho quando completava 1 ano e meio de vida. Ela me relatou que todos sempre, desde o nascimento de Rafael a trataram com amor, adoravam seu filho, o mimavam e sempre tentavam uma maneira de se aproximar dele. Ela me disse que todos achavam estranho ele não falar nenhuma palavra e não manter contato visual com outras pessoas, era muito nervoso, mas feliz da maneira dele. Se interessava muito por objetos redondos e giratórios, seus familiares não percebiam muito, mas achavam estranho ele não falar nada e não compreender as coisas.
Giovanna preocupada com a situação, procurou um médico, um psiquiatra infantil.
Chegando na consulta, ela disse ao médico como era Rafael, como se comportava e a maneira que ele interagia com as pessoas e crianças de sua idade, informou o médico também sobre a maneira que ele se alimentava, a seleção de alimentos e a fixação por rodas de carrinho. Para surpresa de Giovanna o médico a olhou e disse que o que Rafael apresentava era sintoma de Autismo. Giovanna saiu do consultório arrasada, não imaginava que seu filho era especial, ela não se conformava, pois seu filho tinha aparência de uma criança sem nenhum problema. Foram momentos difíceis.
Chegando em casa procurou seu esposo Gian para contar como tinha sido a consulta, sentaram-se no sofá e ela contou a ele, que para sua surpresa reagiu de uma forma muito triste, ele dizia que era culpa dela por Rafael ser uma criança especial, que isso não podia estar acontecendo, e por fim disse que era para ela se virar com Rafael, pois ele tinha a vida dele e não ia sair por aí mostrando aos amigos um filho com problema mental. Foi muito triste, ela chorou muito e ficava se questionando em seu interior como poderia ter acontecido tal barbaridade, não poderia imaginar que o pai de seu filho pudesse reagir de uma forma tão preconceituosa como foi.
Gian saiu de casa, foi viver sua vida sozinho.
Giovanna procurou ajuda sozinha.  Lia livros, internet, tudo que pudesse conhecer mais sobre autismo. Foi bom para ela, pois ela sempre dava apoio ao seu pequeno Rafael.
Então decidiu contar para a família, pois todos perguntavam o motivo que havia ocasionado a saída de Gian de casa. Giovanna então contou para seus familiares. Ela pensou que iria encontrar apoio e solidariedade na família, mas não foi bem assim. Eles reagiram de uma maneira parecida com a de Gian e começaram a questionar o motivo que Rafael era daquele “jeito”. Para eles ele era um deficiente mental que jamais iria falar nada, que não ia conseguir estudar e que não ia viver uma vida normal. Todos criticavam sem mesmo saber o que era Autismo.                                
Giovanna foi para casa arrasada.
Algum tempo se passou e para sua surpresa desde aquele dia que contou para sua família que Rafael apresentava sintomas autísticos ninguém mais se aproximou deles, seus familiares começaram a rejeitá-la e ignoravam Rafael totalmente.
Gian não deu mais notícias, sumiu no mundo, ninguém sabia por onde ele andava.                                                  
 Giovanna se dedicou inteiramente ao seu filho. Durante o dia enquanto trabalhava teve que deixar Rafael em um colégio, pois não tinha com quem contar, estava sozinha no mundo com seu filhinho, mas em momento algum pensou em desistir. Começaram então vários tratamentos para Rafael, uma busca incessante rumo à sua melhora, uma pequena maneira que fosse de se comunicar, de se alimentar adequadamente, de se socializar, aceitar as pessoas, animais de estimação, ambientes diferentes, etc.
Foram anos de luta e vitórias. Alguns anos se passaram. Hoje Rafael está com 3 anos e meio e vou contar-lhes os progressos deste pequeno autista.
Foi fechado o seu diagnóstico, mas para nossa alegria muitos progressos foram notados em Rafael.
Foi muito difícil para Giovana cuidar de seu pequeno garoto sem o pai por perto, ela conta que a maior mágoa que ela carrega no coração foi quando lembra que o pai disse que era para se virar com o filho e que não iria sair por aí mostrando um filho deficiente mental, isso doeu e dói ainda muito nela. Mas o importante é que Deus deu forças para seguir com sabedoria e paciência.
Durante as crises que Rafael apresentava e ainda apresenta ela nos conta que são momentos difíceis, que ela  sente seu coração sofrendo, um sofrimento sem fim em ver em seus olhinhos um nervoso que nem ele mesmo consegue saber o motivo. E diz novamente que não é nada fácil ser mãe de um autista e se encontrar sozinha no meio da multidão. A família faz muita falta nesses momentos, como faz falta seu esposo que poderia estar ajudando nesses momentos, como é triste, ela conta.
Rafael ainda não fala, mas entende tudo o que acontece, ele freqüenta uma associação para crianças deficientes chamada Renascer, aqui na cidade de São José do Rio preto, onde recebe atendimento adequado e estímulos para se adaptar ao mundo, as pessoas e crianças.
Rafael já consegue se socializar com algumas crianças que          antes se isolava, consegue fazer contato visual que também antes não conseguia, consegue tomar mamadeira segurando sozinho, o que também só fazia com ajuda da mamãe...
Giovanna se sente uma vitoriosa, pois ultrapassou  todas as barreiras para fazer mais feliz seu pequeno príncipe.
A família percebendo a evolução de Rafael  voltou a se aproximar . Giovanna ficou muito feliz e disse para todos que o preconceito faz mal para quem é ofendido, mas é pior ainda para quem o faz.
Gian, seu esposo, se arrependeu e vendo seu filho crescendo voltou para casa e pediu perdão, disse que havia errado muito e que queria que Deus o castigasse por isso. Mas quando se arrepende verdadeiramente de seus erros uma nova chance deve ser dada. E assim foi feito, a família voltou a ficar feliz e reunida.
Agora eu digo, o preconceito entre familiares de autistas não leva a nada , não consigo entender o motivo que levou essa família a agir desta forma. Crianças autistas são crianças amorosas, meigas e delicadas. Tem sim momentos de crises, nervosos, repulsa e raiva, mas tem também os momentos de riso, de aplauso e felicidade.
São crianças perfeitas fisicamente, mas com campo cerebral comprometido, uns com mais e outros com menos, mas todos com uma coisa em comum, A sinceridade no olhar, o amor incondicional, a força que foi doada e a força adquirida em sua simples maneira de interpretar o mundo, a  maneira que engloba  o mais lindo e perfeito significado da palavra amor. Amor que acolhe, amor que perdoa, amor que se doa, amor que recebe de braços abertos quem já errou um dia.
 Ter um autista na família ou conviver com um autista, não é preciso preconceito, nem exclusão, mas sim uma palavra simples que já engloba tudo. O amor, que completa tudo e silencia todas as coisas ruins quando se abre espaço para receber esses pequenos anjos em nossa vida...Respeitando, e tendo sempre as palavras chave que é necessário para conviver com uma criança autista. AMOR, DEDICAÇÃO, PACIÊNCIA, CARINHO E RESPEITO. Ame com todo o seu coração sua criança autista, ela é o anjo que Deus te enviou para deixar sua vida com muito mais brilho, luz e para te fazer uma pessoa mais que especial. Para espalhar esse brilho por onde quer que passe. E transmitir a pureza dos sentimentos mais puros que Deus criou.
Com carinho
Daniela Bolzan
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

                

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Alguns de nossos felizes momentos juntos - Somos muito felizes...(Daniela Bolzan)


O CAMINHO PARA A VERDADEIRA FELICIDADE PODE SER ABERTO POR UMA CHAVE, A CHAVE QUE ESTÁ APENAS NAS NOSSAS MÃOS.



OS MOMENTOS MAIS AGRADÁVEIS DA MINHA VIDA COM TODA CERTEZA OCORRERAM DEPOIS QUE VOCÊ GABRIELZINHO CHEGOU PARA MINHA VIDA.


PEQUENO ANJO, MEU MENINO QUE VEIO A ESTE MUNDO COM UM DOM ESPECIAL E UMA MISSÃO NÃO TÃO FÁCIL, MAS QUE JÁ ENCARA COM FORÇA E CORAGEM, DETERMINAÇÃO E COERÊNCIA.


UM GAROTO ILUMINADO, UM GAROTO PRECIOSO, MEU GAROTO QUE DEUS ESCOLHEU A DEDO PARA ME PRESENTEAR.


OS MOMENTOS PASSADOS AO SEU LADO SÃO MOMENTOS SUBLIMES, ALEGRES E ILUMINADOS, POIS ESTANDO AO SEU LADO ME SINTO COMPLETA, UM AMOR REAL, UM AMOR VERDADEIRO, AMOR DE MÃE E FILHO.

A CADA ABRAÇO QUE RECEBO É COMO SE ESTIVESSE RECEBENDO A FORÇA NECESSÁRIA PRA VIVER COM TOTAL FELICIDADE. FELICIDADE ESTA QUE SEMPRE VIVEMOS JUNTOS...



UM SORRISO PERFEITO, O SORRISO DO AMOR, O SORRISO QUE COM O SOM DE GARGALHADA MAIS SUAVE DO MUNDO CONSEGUE TRADUZIR O SIGNIFICADO DO AMOR,.

  

A VIDA É COMO ONDAS DO MAR QUE VÃO E VÊM, EU AGRADEÇO A DEUS PORQUE AO INVÉS DE UMA SIMPLES CONCHINHA QUE PODERIA DEVOLVER NESTAS ONDAS ABENÇOADAS DA VIDA ELE ME DEVOLVEU UMA PÉROLA, UMA PEDRA PRECIOSA CHAMADA GABRIEL;


SOU GRATA A TODO O AMOR QUE  DOU E RECEBO DESTE PEQUENINO, POIS NÃO HÁ NADA QUE EU POSSA EXPRESSAR COMO  É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ,,



OBRIGADA MESMO MEU PEQUENINO POR ME AMAR TANTO ASSIM E ME FAZER TÃO FELIZ E TÃO REALIZADA...
SOMOS ASSIM, O SOL QUE BRILHA SEMPRE E NÃO HÁ CHUVA QUE POSSA ESCONDER ESSE NOSSO SOL, POIS NOSSO SOL É INATINGÍVEL...
OBRIGADA MEU ANJINHO POR SER ESTE PEQUENO AUTISTA TÃO ESPECIAL NA MINHA VIDA... AMO-TE PARA SEMPRE...
COM AMOR DESSA MÃE CORUJONA E AMADA POR SEU FILHINHO
DANIELA BOLZAN

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O poder da suplementação com antioxidantes no tratamento do autismo e diminuição de sintomas de TDAH. ( By Daniela Bolzan)


Pesquisadores canadenses identificaram novos genes relacionados ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Desenvolvido em parceria pelo  Hospital for Sick Children (SickKids) e Universidade de Toronto. Segundo o levantamento, os genes do TDAH estariam relacionados ainda a outras condições neuropsiquiátricas, como as desordens do espectro autista (DEA). Venho observando resultados muito positivos com a suplementação de vitaminas e minerais e especificamente com Pycnogel que é um antioxidante muito potente composto principalmente de proantocianidinas, uma potente subclasse de flavanóides antioxidantes e também muitos outros orgânicos como: ácidos hidroxicerâmicos, ácido cafêico, ferrílico, gálico e vanílico. O restante do Pycnogenol é constituído por caterquina, epicaterquina e taxifolina. Todos esses flavonóides são encontrados em uma grande variedade de frutas, vegetais e ervas, porém no Pycnogenol, há uma combinação ideal e concentrada dessas substâncias. Ele tem o poder de estimular o sistema imunológico e é importante para o funcionamento do cérebro, não apenas por proteger os vasos sanguineos mas porque é um dos poucos antioxidantes que atravessam a barreira hematoencefalica protegendo as células nervosas. Estas céluluas são extremamente sensíveis há resíduos tóxicos como metais tão prejudiciais ao AUTISMO. Tenho visto excelente resultados na diminuição dos sintomas do TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade)  por diminuir a concentração de adrenalina e da dopamina (neuro-estimulantes).  O uso de suplementos nutricionais, diminui significativamente os hormônios do stress. O Picnogel é uma forma natural de tratar os sintomas do TDAH que é bastante comum na maioria das crianças dentro do espectro do autismo, para pais que não querem medicar seus filhos com estimulantes. È claro que não se pode generalizar e nem todas as crianças dentro do espectro podem ser tratadas apenas com suplementos, porém os resultados são bastante positivos. Infelizmente ainda existem muitos céticos mesmo profissionais que não acreditam no tratamento biomédico do autismo. No poder da dieta e da suplementação. Mesmo não havendo ainda um baseamento científico os resultados empíricos vem demonstrando que é possível sim, tratarmos o autismo e darmos uma excelente qualidade de vida as nossas crianças tão especiais!
Nutricionista Jaqueline Araujo
Consultas com hora marcada:
Av.das Américas, 500 Bl.21D sl.247
Barra da Tijuca
Fonte: Autismo nutrição.
Grata
Daniela Bolzan

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escola expulsa aluno autista de 8 anos em Contagem MG (Daniela Bolzan)

A direção de uma escola em Contagem expulsou um aluno com necessidades especiais. A alegação é de que ele é agressivo, mas a Apae, onde ele é atendido, nega e os pais estão revoltados.

O menino tem 8 anos. Reservado, não gosta muito de conversar com adultos. Em uma fase que as crianças são bastante agitadas, ele é tímido e quieto. Os pais dizem que o menino é autista. Desde que se matriculou em 2009, faz acompanhamento na Apae de Contagem. O conselho escolar teria feito um abaixo-assinado para retirar o menino do colégio.

A criança é amparada por uma lei federal que garante o atendimento escolar a crianças especiais. A lei da inclusão prevê que nenhuma instituição de ensino pode recusar alguém que tenha alguma deficiência. A vice-diretora diz que nunca houve discriminação ao menino e relatórios de professores alertam para a agressividade do garoto. Confira a reportagem:


 


GRATA Daniela Bolzan
Fonte: alterosa.com

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Psiquiatra de Yale vai lançar enciclopédia sobre autismo (Daniela Bolzan)

O psiquiatra Fred Volkmar, 61anos, professor da Universidade Yale (EUA), está trabalhando em uma enciclopédia, que será lançada no ano que vem, sobre todos os transtornos que se encaixam na nomenclatura do autismo.


Fred Volkmar, especialista em autismo e psiquiatra da Universidade Yale, em durante visita a São Paulo em agosto
Fred Volkmar, especialista em autismo e psiquiatra da Universidade Yale, em durante visita a São Paulo em agosto


O americano falou à Folha sobre novas pesquisas que abordam a criação de testes físicos que detectem o autismo em bebês. Volkmar participou também da gravação de um documentário da ONG Autismo e Realidade.
Folha - Por que o autismo precisa de uma enciclopédia?
Fred Volkmar - Tem muita pesquisa sobre autismo saindo todos os dias, é difícil para os pais acompanharem tudo isso. Esse trabalho vai ser referência e vai estar na internet. Isso é importante por causa da explosão do autismo no Google: são mais de 17 milhões de páginas. Os pais ficam muito confusos.

Hoje, o rastreamento de autismo é feito por meio de questionários aplicados aos pais das crianças. Isso não é ruim, mas começa aos 18 meses. As perguntas são coisas muito básicas, do tipo, se o bebê não responde ao próprio nome. Queremos fazer o diagnóstico muito mais cedo para intervir mais cedo.

Enquanto não há teste genético, vai dar para fazer exame físico para autismo?
Há muitas causas para perda de audição, mas ninguém faz teste genético para isso. Você faz um teste de audição. Há a possibilidade de fazer testes de autismo com o mesmo princípio de um teste auditivo, que tenham a ver com fisiologia. Temos dados que mostram que autistas não veem rostos da mesma maneira como as outras pessoas. Esse tipo de coisa pode dar origem a um teste de rastreamento para autismo.


Pode se falar em buscar uma cura para o autismo?
Se falamos sobre ter uma vida independente, sim. O que queremos é que a criança funcione na sociedade. Todo mundo conhece gente excêntrica, há um espectro grande do que se considera normal. Se conseguirmos que a pessoa se encaixe entre o que é considerado normal, estamos satisfeitos. É assim que eu imagino a cura.

Grata Daniela Bolzan
Fonte: folha bol.com

Hormônio cerebral é testado para tratar pessoa com autismo - ( Daniela Bolzan)



DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE
A ocitocina, hormônio produzido no cérebro e ligado a funções corporais, como o parto e a produção de leite em mulheres, e a relações sociais, como a ligação entre pais e filhos, pode virar tratamento contra autismo. Pessoas com o transtorno têm dificuldade de reconhecer expressões faciais e de criar laços sociais.
O psiquiatra James Leckman, que veio a São Paulo no mês passado, a convite do Instituto de Psiquiatria da USP, está pesquisando o efeito da ocitocina em autistas.

O médico, que é professor de psiquiatria infantil em Yale, participa de estudo em que voluntários recebem doses de ocitocina e terão seus cérebros examinados em testes de imagem. A pesquisa ainda está em andamento.

Mas trabalhos anteriores com o hormônio mostram que doses intranasais de ocitocina podem melhorar as habilidades sociais do autista.

Um estudo publicado no ano passado na revista "PNAS" descreve os efeitos da ocitocina em um grupo de pessoas com autismo.

O hormônio melhorou o reconhecimento de expressões faciais e a habilidade de interação dos voluntários com autismo em jogo virtual.

Outro exercício exigia que os participantes olhassem para expressões faciais em um computador e identificassem se o rosto era de homem ou mulher e a direção que os olhos apontavam.

Autistas, antes do tratamento com ocitocina, olhavam pouco para o rosto representado na imagem. Após as doses de ocitocina, conseguiram fixar mais seu olhar.

O resultado sugere que a ocitocina reduza a ansiedade dos autistas na hora de fazer contato visual.

Segundo Leckman, ainda é necessário fazer mais testes para determinar se o tratamento é seguro e eficaz. "É diferente ler expressões faciais em um teste e na vida real. Também não se sabe se o hormônio vai fazer diferença a longo prazo."

Grata Daniela Bolzan
Fonte: bol.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Autistas e a dificuldade que sempre alguma pessoa da família tem de aceitar esse tipo de situação. ( Daniela Bolzan)


Olá caros amigos leitores.
Hoje venho por estas linhas relatar um assunto que tem se mostrado muito importante em e-mails que tenho recebido, Obrigada a todos vocês pela confiança que têm depositado em mim.
Esse assunto que estou falando é sobre a dificuldade que sempre alguma pessoa da família de um autista tem de aceitar o fato de ter uma criança especial na família, digo criança, pois isso geralmente acontece enquanto os autistas estão na fase infantil, fase esta muito importante para se iniciar um treinamento por estimulação para que eles se habituem a aprender, conviver, socializar e se expressar mesmo que seja de uma maneira diferente da que estamos acostumados ver em determinadas idades.
Nestes e mails que recebi, tenho notado que os pais sempre comentam o fato de pai que não aceita a situação, ou de avó que acha que a criança é mimada de mais, ou até mesmo tios que acham que a educação da criança não está adequada.
Mas, o que estas pessoas que criticam o desconhecido não sabem é que eles estão cometendo um erro gravíssimo, pois seria muito mais prazeroso se tentassem entender o motivo, encarar a situação para ver e comprovar que tem sim uma boa chance de melhora...
Muitos Autistas revelam seus traços na infância, nos primeiros meses de vida, só que são poucos os pais que percebem, pois o que não falta nesta fase da vida é pessoa dando opinião de como se deve cuidar de um bebê. Todos estão empolgados com o nascimento e ansioso para ver as primeiras gracinhas e demoram para perceber que algo pode estar errado. Esses sinais que eu digo pode ser choro constante, falta de contato visual, crise de risos constantes, estranhamento exagerado com outras pessoas, não fixar atenção em objetos comuns que chamam atenção de crianças da mesma idade, fixação por objetos giratórios, entre outros.
Conforme vão crescendo, esses sintomas vão se acentuando, e o mais triste acontece, muitas pessoas começam a perceber que existe mesmo uma certa diferença .
Muitos pais questionam sobre a escola que seus filhos frequentam e comentam que a criança fica acuada por motivo de zoação que são feitas por outras crianças da classe. Um fato que me chamou atenção foi de uma mãe que de tão preocupada que ficava com o filho, o levava no colégio e ficava esperando do lado de fora, e eu perguntei o porquê ela ficava esperando, e ela me disse que morava muito longe e tinha que pegar dois ônibus para chegar lá, se acaso acontecesse alguma coisa que magoasse o filho dela, ela já estava por perto pois sabe que ele fica desesperado e em pânico quando acontece algo que lhe desagrada... Esta mãe também relatou que esta escola que seu filho frequenta não mantém tanto contato com ela, quando ela acha que deveria e disse que quer apenas que o filho dela seja feliz e não sofra, pois uma vez magoado, ele fica triste e se isola totalmente.  Isso é triste, pois o autista se magoa com muita facilidade e isso não pode acontecer de maneira alguma.. Além de que se um autista for tirado de sua rotina pode se tornar até agressivo contra si mesmo, deixando de se alimentae e com muito nervoso.
Outro caso que também me chamou atenção foi de uma tia que me escreveu contando que todos os médicos que levam seu sobrinho dizem que ele é autista, mas ela diz que não acredita nesse diagnóstico, segundo suas palavras diz que ele é absolutamente normal, então respondi o e-mail, perguntando como ele age, e ela disse que tem 4 anos, ele não fala, não olha para os olhos das pessoas, brinca exageradamente com rodas de carrinhos, apresenta medo de algumas coisas que não tem nada a ver e esboça alguns sons que não se consegue entender, diz também que acha que seu irmão e a cunhada o mimam demais e segundo ela esse é o motivo dele ser assim.
Volto a ressaltar aqui, o mimo é muito diferente do carinho,do cuidar,  e do amor  . Eu disse a ela que talvez ela precisasse conviver mais com esse sobrinho, pois com certeza muitos de vocês vão concordar com o que eu vou dizer agora: SÓ QUEM CONVIVE COM UMA CRIANÇA AUTISTA SABE  E PERCEBE A DIFERENÇA QUE PODE APRESENTAR. Isso tudo se dá ao fato de o autismo ser uma doença que não apresenta características físicas acaba confundindo as pessoas da realidade dos fatos...
Alguns familiares até mesmo os mais próximos podem duvidar do quadro. Mas digo uma verdade a única maneira de conquistar um autista é amando-o e respeitando-o com todo o amor do mundo...
Deixe pra lá essas pessoas que não acreditam e que tratam seu filho com indiferença falando que é mimado ou que tem pouca educação... Acredite você em seu filho Autista,, ele já te aceitou no lindo e vasto mundo dos autistas. e a senha para entrar nesse mundo é carinho, amor, compreensão, dedicação e determinação... Nós mães já temos. basta agora esses familiares se conscientizarem de que tem que dar amor a esses anjos que iluminam nosso caminho.. Pense nisso...é importante..
A partir do momento que você parar pra acreditar que tem na família um anjo especial e que com esse anjo se caminharmos juntos para sua evolução com certeza aprenderá muito com ele e passará a aceitar um ser especial em sua família...
As palavras chave para se dar bem com uma criança autista são: AMOR, CARINHO, PACIÊNCIA, DEDICAÇÃO, COMPREENSÃO, HUMILDADE, SERENIDADE, SIMPATIA, DENTRE OUTROS...
Jamais duvide do que os pais estão dizendo, pois ninguém conhece melhor uma criança autista do que aqueles que convivem com as mesmas...
Estou à disposição para esclarecimentos se necessário e dúvidas se surgirem...
Fiquem em paz...
Com carinho
Daniela Bolzan

Justiça do Rio manda soltar falsa psicóloga - (Daniela Bolzan)



A falsa psicóloga Beatriz Cunha, de 32 anos, responderá processo em liberdade, informou a assessoria do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) nesta quarta-feira (21).
Beatriz, que tinha uma clínica em Botafogo, na zona sul do Rio, atuou por 12 anos como especialista no tratamento de crianças com autismo, embora tenha cursado apenas dois períodos da faculdade de psicologia.

A Justiça do Rio concedeu o habeas corpus em favor de Beatriz na terça-feira (20). A decisão, no entanto, não foi estendida ao marido dela Nelson Antunes de Farias Júnior.

Nelson era responsável pela administração da clínica. Segundo a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), o casal teria obtido vantagem ilícita de cerca de R$ 400 mil. Na lista de vítimas, constam 31 pacientes.

O casal foi preso no último dia 23 de maio. Eles respondem por estelionato e crimes contra as relações de consumo. Beatriz é acusada ainda de falsidade ideológica.

Nesta quarta-feira (22), o juiz Alcides da Fonseca Neto, da 11ª Vara Criminal da Capital, ouve o casal em mais uma audiência do caso.

Com o interrogatório dos dois, o magistrado concluirá a maratona de audiências de instrução e julgamento iniciada no dia 9 de setembro. Ele ouviu mais de 60 testemunhas de acusação e defesa.
Fonte: r7.com
Grata Daniela Bolzan.

domingo, 4 de setembro de 2011

Indicação de Uma Escola Inclusiva para Pessoas portadoras de deficiências para quem mora em São Paulo.( Daniela Bolzan)

Caros Amigos.
Recebi um e-mail de uma Mãe que se sensibilizou muito com o Depoimento de alguns pais que sofrem com a falta de inclusão nas escolas para seus filhos...
É uma situação muito triste e que infelizmente está tomando conta da história de vida de muitas pessoas que apresentam algum tipo de Deficiência; E pensando em ajudar , esta querida mamãe satisfeita com o resultado de seu filho neste colégio nos passa o site e nome para contato, para que os pais interessados e que morem em São Paulo procurem esta escola que além de aceitar totalmente a inclusão, entendem sobretudo que os portadores de Deficiência demoram um pouco mais para acompanhar as atividades propostas para crianças sem nenhum grau de deficiência; E foi pensando nisso que eles desenvolveram um método de ensino diferenciado, segundo o que esta mamãe querida nos conta, um método capaz de fazer com que eles realmente aprendam e nos revela que o que importa não é o conteúdo em quantidade aplicado para o aprendizado, mas sim o conteúdo em qualidade aplicado para eles...
O site deste colégio é: www.colegiopauliceia.com.br  e os nomes para contato são Mariana ou Meire. -
Colégio Paulicéia - Indicado como maior colégio Inclusivo englobando todas as áreas de deficiências e crianças apresentando todos os níveis de dificuldades.
Autistas, cadeirantes e a escola já desenvolve esse projeto ha mais de 50 anos...

Visitem o site. www.colegiopauliceia.com.br e verá todos os benefícios e tranquilidade e acima de tudo competência e clareza no trabalho que fazem... INCLUSÃO SEMPRE PARA QUE TODOS POSSAMOS SORRIR JUNTOS...
 O importante disso tudo é que uma mamãe querida que está satisfeita com o trabalho de seu filho se preocupou em compartilhar com outras mamães que estão desesperadas e a escola não ficará incomodada de temos feito essa pequena postagem divulgando o colégio para os pais que moram em São Paulo Capital...

Muito obrigada por tudo e obrigada pela confiança em nosso blog por enviar-nos uma observação tão importante que poderá trazer tranquilidade e segurança para pais que se encontram em desespero por não serem aceitos nas ecolas ... Obrigada.. Visitem o Site... Vale A pena..
Fiquem EM PAZ
Daniela Bolzan...

sábado, 20 de agosto de 2011

A Equoterapia como alternativa terapêutica para crianças especiais - (Daniela Bolzan)


Para saber um Centro de Equoterapia na sua cidade e seus valores acesse o site:

Equoterapia: o que é, como surgiu e seus usos
A Equoterapia, conhecida e desenvolvida no exterior, vem sendo aos poucos, desenvolvida como método terapêutico e educacional no Brasil. De forma sintética a equoterapia seria um método que alcança resultados terapêuticos através do uso do cavalo ( tanto pelo animal em si como pela montaria e cavalgar neste).

Historicamente há registros de que Hipócrates (377 A. C.), o chamado pai da medicina, defendia a equitação como meio de reabilitação da saúde em geral. Posteriormente este tratamento tornou-se importante na recuperação física e psicológica de mutilados da 2ª Guerra Mundial. Em 1952, a dinamarquesa Liz Hartel conquistou a medalha de prata em adestramento nas Olimpíadas de Helsinki, superando as seqüelas da poliomielite que contraíra quando criança. A partir daí, surgiram os primeiros centros de equoterapia na Europa e Estados Unidos.

Equo terapia ( Equo: do latim aequus, relativo à Equus, ‘cavalo’/ Terapia: relativo à terapêutica, que é a parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes) é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. Ela emprega o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais (ANDE-Brasil,2005).

Segue uma relação das dificuldades, deficiências e doenças que podem ser auxiliadas por meio do uso da equoterapia segundo UZUN (2005): paralisia cerebral, acidente vascular encefálico; atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; síndrome de down e outras síndromes; traumatismo crânio-encefálico; lesão medular; esclerose múltipla; disfunção na integração sensorial; dificuldades da aprendizagem ou linguagem; distúrbios do comportamento; hiperatividade; autismo; traumas; depressão; stress, etc.

Complementarmente a esses dados ALÍPIO (2005) aponta que comprometimentos sociais e emocionais, tais como: autismo, esquizofrenia, psicose; deficiência visual, deficiência auditiva, problemas escolares (distúrbio de atenção, percepção, linguagem, hiperatividade) e pessoas saudáveis, sem nenhuma deficiência física ou psicológica, podem ser auxiliados e ter ganhos fisico-emocionais pela equoterapia.

Recorrendo novamente à autora UZUN (2005) a equoterapia traria os seguintes benefícios: adequação do tônus muscular; da coordenação motora; do controle de cabeça e tronco; adequação do equilíbrio; facilitação no processo de aprendizagem escolar; estimula a atenção e concentração; socialização; auto-confiança; trabalha com a ativação dos sistemas cárdio-respiratório e músculo-esquelético e atua no alívio do stress.

O cavalo é o instrumento terapêutico, utilizado com base nos benefícios de seu movimento natural "ao passo", movimento este resultante de reações tridimensionais. É ainda, um agente educativo e facilitador da integração física-psíquica e social do paciente.

De acordo com GUIMARÃES (1993), a marcha do cavalo possui três andaduras naturais: ao passo, o trote e o galope. O trote e o galope são andaduras saltadas, com movimentos mais rápidos e bruscos e exigem do cavaleiro mais força e coordenação. Ao passo se caracteriza por uma andadura ritmada, cadenciada e em quatro tempos, ou seja, ouvem-se quatro batidas distintas e compassadas. Durante o passo, o cavalo transmite ao cavaleiro uma série de movimentos seqüenciais e simultâneos que resultam em deslocamento tridimensional do centro de gravidade:
No plano transversal, durante o movimento de flexão da coluna do cavalo, o cavaleiro é impulsionado para cima e, quando ocorre a extensão retorna à posição inicial.
No plano frontal, o movimento e produzido pelas ondulações horizontais da coluna do cavalo, que se estendem da nuca à cauda.
No plano sagital, é produzido um movimento para frente e para trás, composto por perdas e retomadas de equilíbrio

Comparando os movimentos humanos executados em seu deslocamento (ao passo), podemos perceber que este é idêntico ao executado pelo cavalo, quando este também se desloca ao passo. É este movimento que gera os impulsos que acionam o sistema nervoso para produzir as respostas que vão dar continuidade ao movimento e permitir o deslocamento (a chamada ação neurofisiológica).

Um atendimento em equoterapia é planejado em função das necessidade e potencialidades do paciente, onde se incluem o estabelecimento dos objetivos a serem atingidos e conseqüente ênfase na área a ser desenvolvida. Os trabalhos equoterápicos podem ser agrupados nos seguintes estágios distintos:
hipoterapia (paciente vai montado juntamente com o fisioterapeuta ou outro profissional – a ênfase será para a postura do paciente sobre o cavalo e exercícios físicos específicos)
educação /reeducação (paciente monta sozinho com dois profissionais nas laterais auxiliando-o quanto ao equilíbrio – são realizados principalmente exercícios físicos e de fonação, fala, aprendizagem)
pré-esportivo ( paciente monta sozinho e conduz o cavalo, sendo acompanhado de perto pelos profissionais – neste estágio a ênfase maior é para a educação, disciplina e socialização do paciente).

Estes estágios não são uma regra e ordem fixa. São aplicados de acordo com o quadro clínico tratado e as estratégias terapêuticas demandadas pelo mesmo. Por exemplo: no caso de uma criança sem um quadro de deficiência física, mas com grande agitação psicomotora, desatenção, e vontade de cavalgar o estágio hipoterapia não será utilizado, mas sim os estágios de educação /reeducação e talvez até o pré-esportivo – a independência alcançada pela montaria solo é muito mais produtiva e estimulante neste caso.

As principais conquistas da equoterapia são o desenvolvimento da auto-confiança, segurança, disciplina, concentração e bem-estar. A prática eqüestre favorece ainda uma sadia sociabilidade, uma vez que integra o praticante, o cavalo, e os profissionais envolvidos.

Atualmente tem-se no Brasil a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil -
http://www.equoterapia.org.br/equoterapia.html), sediada no distrito federal, que por meio de cursos e palestras informa e instrumentaliza profissionais a atuar com a equoterapia. A ANDE indica como fundamentais para o tratamento da equoterapia os seguintes profissionais: fisioterapeuta, psicólogo e Instrutor de montaria. Mas esta abordagem terapêutica é ministrada geralmente por uma equipe interdisciplinar, ou seja, profissionais de diversas áreas da ciência trabalhando em conjunto (interagindo) pelo bem-estar, restabelecimento e melhoria do quadro clínico do paciente. Comumente encontramos também presentes na equipe de equoterapia: Médico, Fisioterapeuta, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Instrutor de montaria, entre muitos outros.

A equoterapia e a criança
Atuando como psicólogo em clínicas psiquiátricas com crianças de diversos diagnósticos clínicos (autismo, psicose, depressão, hipeatividade, entre outros) pude perceber que a atração pelo animal está naturalmente presente (refiro-me a todo tipo de animal, desde cachorro à tartarugas, coelhos, pássaros, cavalos, etc.). Por vezes apresentam uma inaugural insegurança, mas se livram dela rapidamente à medida que o adulto ou outra criança em quem tem certa confiança lhe incentive a aproximar-se e tocar o animal.

Em casos nos quais a criança é muito insegura, retraída, desconfiada ou mesmo desinteressada, o trabalho terapêutico por meio do animal torna-se uma importante ferramenta clínica. Um “quebra-gelo” fundamental para aproximar o profissional da criança e possibilitar as intervenções terapêuticas (sejam psicológicas, fonoaudiológicas, fisioterapêuticas, etc).

Por intermédio do contato com animal começam muitas vezes a falar, contar histórias, sorrir, brincar. O animal abre a possibilidade de trabalho com a criança pois torna-se logo um atrativo e diferencial no tratamento que está sendo proposto. Por vezes é pelo contato com animal que a criança fica mais descontraída para conversar e mais receptiva com as orientações ou questionamentos feitos pelo profissional que a está acompanhando. Tal fato pode ser averiguado nas crianças que são atendidas pela equoterapia.

O cavalo funciona como ponto de sedução em relação à criança (e mesmo ao adulto) pela imponência e poder transmitida pelo mesmo. É um animal com porte magnífico e, conquistar sua confiança, domá-lo, cavalgá-lo, direcioná-lo é uma experiência prazerosa e até mesmo transformadora para algumas pessoas.

Pela atuação física e psíquica que a equoterapia alcança, na ativação e estimulação de diversas funções do corpo humano tais como a respiração, a fala, a atenção, a memória, a cognição, a concentração, a auto-imagem, a auto confiança, entre outros. A criança sente-se estimulada a seguir em frente e participar ativamente do tratamento. Por vezes ela mesma estabelece desafios a serem pouco a pouco superados.

Ao cavalgar a criança precisa coordenar seus movimentos aos do cavalo e se concentrar, prestar atenção no cavalo e no meio que a cerca. O cavalgar cria a todo momento uma instabilidade de movimento, permitindo que o paciente seja encorajado a desenvolver novas maneiras de coordenar uma resposta postural, fundamental no processo de aprendizagem, na realização de atividades funcionais.

Por sua ação neurofisiológica (pela andadura do cavalo) e desafios psíquicos (enfrentamento, concentração, coordenação, linguagem, etc) a equoterapia obtém respostas positivas com crianças “agitadas”, “desatentas”, “hiperativas” – desde que haja interesse pela prática no paciente, claro.

O Dr. Daniel Amem (2000) faz um comentário em seu livro sobre a importância do ambiente externo no tratamento de crianças ou adultos que tenham o déficit de atenção e hiperatividade: “Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtivas. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com TDHA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com TDHA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranqüilos”. Raramente a criança não sente-se atraída ou encantada pelo cavalo e pela possibilidade de nele montar.

Desta maneira tem-se no cavalo, um instrumento facilitador e potencializador para o tratamento de diversas dificuldades, distúrbios, patologias orgânicas e psíquicas. É muito funcional no caso de crianças “agitadas” por todo seu contexto e atuação neurofisiológica. A criança precisa se concentrar, equilibrar e acalmar para poder alcançar seu objetivo, que é domar o cavalo. Buscará com a equipe dicas e macetes para alcançar seu objetivo e desejo e por esta porta aberta pela mesma, os profissionais planejarão estratégias e manejos terapêuticos para melhor desenvolver esta criança.

A guisa de uma conclusão, sabemos que a equoterapia é uma prática complementar que alcança bons resultados dependendo do caso no qual é aplicado, ainda assim, por ser uma prática relativamente recente no Brasil (apenas em 1997 a Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitacional e o Conselho Federal de Medicina reconheceram a Equoterapia como método terapêutico) necessita ser melhor fundamentada e explorada em suas aplicações e desenvolvimentos. As pesquisas nesta aréa são fundamentais para enriquecer e fundamentar a prática. Talvez com o avanço progressivo das neurociências possamos verificar e comprovar cientificamente os benefícios alcançados pela mesma e como estes operam a curto, medio e longo prazo.
Fonte- Universo Autista

Grata Daniela Bolzan

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Metil-B12 e autismo, Alzheimer e Parkison - Por que você deve usá-lo para tratar seu filho - (Daniela Bolzan)



Glutamatos são substâncias que estão presentes em aditivos alimentares, como adoçantes artificiais, assim como ocorre "naturalmente" durante o processamento de alimentos ou o escurecimento das carnes.
Glutamatos levam a danos tóxicos do cérebro e sistema nervoso e têm sido responsabilizados por problemas mais diversos e graves, como a doença de Parkinson, Transtorno de Déficit de Atenção e Autismo.
Os danos do glutamato podem ser graves e duradouros, mas têm sido ignorados na medicina ocidental. No entanto, vários estudos têm mostrado que uma forma de Vitamina B12 chamada Metilcobalamina pode ser capaz de proteger o cérebro contra os danos causados por esses glutamatos.
A ingestão de aspartame, contendo edulcorantes artificiais, aditivos alimentares, tais como adoçantes ou carnes que tenham sido escurecidas artificialmente significa a ingestão de uma neurotoxina chamada glutamato. Glutamatos, que estão em uma classe de substâncias nocivas chamada 'Excitotoxinas', foram usados em aromatizantes artificiais ao longo de décadas.
Particularmente bem conhecido é o glutamato monossódico, também chamado de MSG, que tem sido apontado como o culpado da "Síndrome do Restaurante Chinês", onde as pessoas passam a sentir uma dor de cabeça severa e fadiga após uma refeição que contenha MSG. Aqueles que têm Síndrome do Restaurante Chinês são os sortudos, porque eles sabem muito bem quando são expostos a glutamatos e sua reação negativa ensina-os a se afastarem dessas substâncias tóxicas.
O resto de nós não têm tanta sorte e podem consciente ou inconscientemente estar ingerindo estas substâncias nocivas sem percebermos qualquer problema, até que ele apareça. Os problemas neurológicos como Doença de Alzheimer e Mal de Parkinson podem ser o resultado de neurotoxinas feitas para "melhorar" e "adoçar" os nossos alimentos e bebidas.
Apesar das reclamações e flagrantes de efeitos colaterais nocivos do Aspartame serem frequentes, o governo ainda não percebeu os indícios de que eles estão prejudicando nossa saúde o suficiente para formalmente removê-los do mercado. Sabe-se lá por que...
No entanto, aos poucos, livros estão sendo escritos para informar sobre o assunto, sites são criados para discutir a sua toxicidade, enfim, uma parcela da população já acordou para essa realidade. Nos EUA, centenas de ações judiciais são propostas contra as empresas químicas, por pessoas que alegam ter sido intoxicadas com Aspartame. Um dia a gente chega lá...
Felizmente, existem substâncias naturais que já demostraram ser capazes de desintoxicar o glutamato do nosso corpo. Uma dessas substâncias é uma forma de vitamina B12 chamada Metilcobalamina ou metil B12, que é prontamente disponíbilizada no mercado como suplemento vitamínico.
Enquanto a maioria das pessoas está familiarizada com a Vitamina B12 apenas como um tratamento para a sua própria deficiência ou como um impulsionador da energia, poucos a conhecem como um auxiliar de desintoxicação. e tem se mostrado eficaz em diminuir e até reverter os sintomas associados a distúrbios neurológicos que podem estar ligados a glutamatos, tais como a Doença de Alzheimer, Escleroses e Autismo.

No entanto, usá-la em pequenas doses, ministradas apenas para combater sua deficiência, têm pouco ou nenhum efeito, e os estudos com esta substância extremamente segura e não tóxica costumam usar doses 20 a 30 vezes o que é usado para a deficiência! Apesar dos estudos positivos e seu histórico de segurança, infelizmente poucos médicos prescrevem a Vitamina B12 ou a Metilcobalamina B12.

Fonte: Soubem.net
Grata
Daniela Bolzan

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Autismo: a desinformação é o maior inimigo- (Daniela Bolzan)



A dentista Josélia Louback aguarda apreensiva a liberação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de uma caixa com injeções de Metil B12,  vitamina fundamental para que seu filho Arthur, autista de 7 anos, possa continuar o tratamento que tem melhorado, e muito, seu estado geral.
O Metil B12 é apenas um dos diversos suplementos que pais de autistas são obrigados a importar para tratar de seus filhos, já que o Brasil carece de produzir, e até de comercializar, vários desses produtos. Alguns deles, que têm uso liberado nos EUA e na Europa, ainda são proibidos por aqui. Além dessa dificuldade, a burocracia para importar os suplementos muitas vezes causa descontinuidade no tratamento.
- É sempre a mesma burocracia – desabafa Josélia. – Toda vez que eu preciso trazer o Metil B12 eu tenho que preencher uma ficha enorme, explicar por que o Arthur precisa e o que poderia acontecer com ele caso não utilizasse o suplemento.
Uma caixa com dez doses de Metil B12 custa, em media US$ 55 (em torno de R$ 90), mais cerca de 80% de imposto. Cada caixa, no caso de Arthur, dura um mês.
A pouca ou quase nenhuma estrutura do sistema de saúde brasileiro em relação ao autismo não se resume ao tratamento, mas também ao dianóstico. Josélia e inúmeros outros pais quase sempre contam casos parecidos: seus filhos autistas começaram a apresentar os sintomas por volta dos 2 anos, mas precisaram percorrer uma via-crúcis de médicos, até que um deles – em vários casos, os próprios pais davam o diagnóstico – sugerisse que a criança era autista.
- Comecei a perceber que havia algo errado com o Arthur quando ele tinha 1 ano e meio – lembra a dentista. – Mas só aos 4 anos ele obteve o diagnóstico de autismo.
Josélia garante que levou seu filho “nos melhores e mais renomados médicos do Rio de Janeiro”, e que nenhum foi capaz de diagnosticar a síndrome.
- Para você ter uma ideia, uma das médicas é professora de psicopatologia e psicodiagnóstico da Uerj. E ela não foi capaz de perceber que meu filho era autista – desabafa. – Uma psicóloga chegou a dizer que o que ele tinha era um trauma psicológico, e que a culpa era minha, porque eu não amava meu marido e descontava isso no Arthur. Vê se pode uma coisa dessas! Ela ainda perguntou se eu amava realmente o meu filho!
Até ser diagnosticado e iniciar o tratamento correto, Atrhur não falava, não atendia quando o chamavam pelo nome, praticamente não olhava nos olhos de ninguém e só prestava atenção na televisão e em objetos giratórios, além de gritar pela casa praticamente durante todo o dia. Um comportamento clássico de autismo que os médicos não souberam interpretar.
O diagnóstico veio, enfim, por meio de uma pediatra, que admitiu sua ignorância em relação a como realizar o tratamento:
“Ela foi super-honesta e sincera”, lembra Josélia. “ Me disse ter certeza de que meu filho era autista, mas que não tinha a menor ideia de como tratá-lo”.
A sinceridade da médica, segundo Josélia, foi o que ajudou seu filho:
“Ela me deu o melhor conselho. Me mandou procurar alguma associação de pais de autistas porque, segundo ela, eles entenderiam mais da síndrome que muitos médicos”.
Josélia então saiu de sua casa em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e foi morar em Niterói, em frente à sede da Associação em Defesa do Autista (Adefa), formada por pais de autistas. Foi lá que Arthur começou o tratamento que hoje lhe permite falar, olhar nos olhos, cumprimentar repórteres que vão à sua casa e fazer a avó chorar no telefone ao pedir a ela, por iniciativa própria, que lhe traga um simples suco de laranja.
Fonte: Jornal do Brasil
Grata: Daniela Bolzan

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Autismo - A Alegria em meio à luta - Todos precisamos de força (Daniela ...



O que aprendi sendo mãe de um Autista.

Aprendi que não se mede esforços para ser feliz;
Aprendi que a vida nos oferece a felicidade nos pequenos gestos;
Aprendi que a humildade sempre deve vir em primeiro lugar;
Aprendi que não se pode exigir conquistas e vitórias excepcionais de quem está aprendendo a caminhar;
Aprendi que vibrar com todos os gestos, por mais pequenino que seja, o deixa imensamente feliz.
Aprendi a sorrir eternamente;
Aprendi que uma lágrima quando escorre pelo meus olhos demonstra a imensa felicidade por uma pequena conquista;
Aprendi que falar nem sempre é sinônimo de desenvolvimento e inteligência, pois meu pequeno não fala e tem uma inteligência absurda de maravilhosa, enquanto muitos usam a fala pra repetir besteiras e desonrarias que ocorrem em nosso mundo;
Aprendi que mesmo com as noites mal dormidas, somente pelo fato de estar ao lado dele já é o suficiente, mesmo que eu passe a noite toda acordada, mas quero que ele descanse.
Aprendi que comprar coisas para mim não são importantes, mas dar tudo o que ele precisa vale muito mais do que qualquer coisa.
Aprendi a olhar as coisas da vida de uma maneira diferente. Com mais cautela;
Aprendi que antes satisfazer a vontade dele do que a minha, o que importa é o sorriso feliz em seu rosto;
Aprendi que em momentos em que ele fica Doente o coração fica aos pedaços, mas sempre arrumamos um jeitinho de fazer sorrir.
Aprendi que um livro deve ser escrito cuidadosamente por palavras e não frases, e que muitas vezes as frases não traduzem tudo o que uma palavra de uma criança especial pode significar;
Aprendi que ao tentar ensinar tudo o que eu aprendi na minha vida, ele é quem me ensina a cada dia.
Aprendi que não é necessário falar para ensinar;
Aprendi que para amar, basta cuidar
Aprendi que para cuidar, basta dedicar-se com amor;
Aprendi que mesmo o autista vivendo no mundo próprio, ele convida sim para fazer parte, basta ter paciência e esperar o tempo dele.
Aprendi que a cada dia eu aprendo algo novo pois tenho o professor mais inteligênte e lindo do mundo, Meu pequeno Biel.
Aprendi que jamais se deve forçá-lo a fazer algo que não queira.
Aprendi que com um simples beijinho quando ele me dá traduz um amor sem fim;
Aprendi que um filho especial é o maior presente que Deus pôde me dar, pois me ensinou a valorizar o amor, sentir o que é um amor correspondido e me fazer a mamãe mais feliz.
Aprendi que mesmo quando temos problemas, Deus sempre soluciona , nos mostrando que ele tudo resolve e que não devemos nos preocupar.
Esse vídeo mostra bem isso, mostra que o Senhor está cuidando de nossa vida e que não há nada que vai nos abalar, basta confiar...
Aprender a sentir a felicidade a partir de um sorriso é valorizar o amor de Deus...
Espero que Gostem.
Com Carinho
Daniela Bolzan.