sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os Autistas pensam semelhante aos animais! Por Temple Grandin ( Daniela Bolzan)

Os animais pensam? Sim. Como os autistasTemple Grandin, pesquisadora norte-americana, afirma que os mecanismos do "pensamento" animal são os mesmos das pessoas autistas.




Estudiosa do autismo, a norte-americana Temple Grandin (ela própria autista) diz que sua forma de ver o mundo pode ajudar a compreender como pensam os animais. Ao comparar mecanismos do “pensamento” animal com os de autistas, ela aproxima os animais dos seres humanos e lança as bases de uma grande polêmica científica
Quem ainda não parou, tocado no fundo do coração, diante do olhar intenso e meigo de um cão labrador? Se você é ligado em animais, sejam selvagens ou domésticos, certamente já se pegou admirado diante de tanta expressividade e se perguntou: será que eles pensam? E, se pensam, o que pensam? Para a ciência, essa também é uma pergunta recorrente, origem de inúmeras pesquisas, centenas de dúvidas e muitas, muitas controvérsias. Uma delas diz respeito aos novos estudos realizados pela pesquisadora norte-americana Temple Grandin.
Recentemente, ela sacudiu os meios acadêmicos ao afirmar não apenas que os animais pensam, mas também ao lançar uma teoria para explicar como eles o fazem. Mais que isso: Temple deixou cientistas de cabelo em pé quando comparou a mente de um animal à mente de um ser humano autista. Para ela, animais e pessoas com autismo têm a mesma forma de ver mundo e os mesmos mecanismos de “pensamento”.
Absurdo? Pode parecer, embora boa parte dessa polêmica seja amenizada diante do fato de que a própria autora dessa teoria é autista e conhece o assunto de um ponto de vista muito particular, único na história da ciência. Aos 62 anos, Temple faz parte de uma estatística que aponta 20 casos a cada 10 mil pessoas (quatro vezes maior nos homens, de acordo com a Sociedade Americana de Autismo), com vários níveis de comprometimento do cérebro. No caso da pesquisadora, o autismo manifestou-se num grau considerado baixo, o que permite que ela leve uma vida muito próxima dos padrões de normalidade, interagindo perfeitamente com o mundo que a cerca.
O termo autista, que provém do grego (autos significa “de si mesmo”), foi usado pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra Plouller, mas foi entre 1943 e 1944 que os pesquisadores Leo Kanner e Hans Asperger lançaram as bases para o estudo mais sistemático do problema. Hoje, o que se sabe é que o autismo é um transtorno definido por disfunções físicas no cérebro, ocorridas antes dos 3 anos de idade, e caracterizado por perda da comunicação, distúrbios nas habilidades físicas e linguísticas, e em dificuldades na interação social.
Fonte: Revista Planeta

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