segunda-feira, 2 de maio de 2011

Volta Redonda (R.J) tem uma das primeiras escolas especializadas em alunos com Autismo. (Daniela Bolzan)


Alunos participando da aula de ginástica, uma das atividades da escola.

Fundada no ano de 1993, a Escola Municipal Especializada Dayse Mansur da Costa Lima,localizada no bairro Jardim Paraíba, iniciou seu trabalho com atendimento voltado para alunos com algum tipo de deficiência. Com o passar do tempo, a escola começou a receber muitos alunos com autismo e, por essa razão e por solicitações dos pais desses alunos, a administração da escola e a Secretaria Municipal de Educação decidiram qualificar o ensino da escola, tornando-a uma instituição especializada no ensino de alunos autistas.
E essa ação tem trazido bons resultados. A escola Dayse Mansur é voltada para crianças de 4 a 16 anos e atualmente possui 70 alunos. Os alunos recebem acompanhamento físico e pedagógico além de atividades complementares oferecidas pela escola, como aulas de música, informática e atividades físicas realizadas nas salas de estimulação e na academia da escola. O atendimento é individualizado, seguindo um plano educativo individual, elaborado a partir da avaliação das necessidades de cada aluno. Para garantir esse atendimento individual, cada sala de aula possui dois professores que atendem, no máximo, a quatro alunos. Para a diretora da Dayse Mansur, Cecília Rodrigues Pereira de Paula, esse é o grande diferencial da instituição.
"- O fator mais importante para o desenvolvimento dos alunos é o trabalho de atendimento individual que eles recebem. Cada um possui suas próprias necessidades e precisam de um trabalho direcionado para garantir que possam desenvolver suas potencialidades da melhor forma. Nosso objetivo é integrá-los à sociedade para que possam ter uma vida mais próxima possível do normal" - declarou.
Os professores e os auxiliares de educação da escola realizam um trabalho que vai além da parte educacional, ensinando aos alunos como realizar as atividades básicas da vida diária, além de desenvolverem atividades voltadas para o desenvolvimento da linguagem, funções motoras, comunicação e interação dessas crianças. O objetivo desse trabalho é garantir que os alunos com autismo possam ter independência, autonomia e consigam se relacionar melhor com seus familiares e com a sociedade.

Mãe se mudou para Volta Redonda por causa da filha

A qualidade do ensino da escola Dayse Mansur tem atraído pessoas para a cidade. É o caso da professora Ana Carla Nery Pereira, mãe de Giovanna Nery Bonfim, de 11 anos, que estuda na escola desde 2007. A professora, que morava na cidade do Rio de Janeiro, mudou-se para Volta Redonda em busca de mais qualidade de ensino para sua filha.
- Eu estava procurando um lugar mais tranquilo e que tivesse um ensino de qualidade para a minha filha, e soube que em Volta Redonda era feito um trabalho de educação muito bom voltado para alunos com deficiência. No Rio não tem escolas públicas voltadas para esses alunos. As que existem são muito caras e não tem a qualidade de ensino que temos aqui. A minha filha estudava em uma escola regular e não tinha acompanhamento suficiente, então resolvi mudar para a cidade, onde moro sozinha com ela, pois toda a minha família continua no Rio. Estou muito satisfeita com o ensino da escola, que é muito bom, com acompanhamento total da criança e apoio à família. Minha filha desenvolveu muito depois que começou a estudar na Dayse Mansur, e esse é um dos principais motivos para eu continuar morando na cidade - elogiou.
Outra mãe que está satisfeita com o ensino da escola é Graciela Mônica Freire. Seu filho, Lucas Cavalleiro Freire, estuda na instituição desde os quatro anos, e Graciela atribui à escola o desenvolvimento da fala do menino, hoje com 7 anos.
- Meu filho estudava em uma creche particular, mas o ensino não era especializado. Foi quando eu ouvi falar da Dayse Mansur e resolvi transferi-lo. Desde então ele teve um desenvolvimento muito grande. Quando entrou na escola não conseguia falar, e as professoras trabalharam com ele um método de comunicação alternativa, e hoje o Lucas não só fala como se veste e come sozinho - relata Graciela.
Além do trabalho que já é realizado na escola, os professores estão recebendo um treinamento de capacitação oferecido por profissionais do CRADD (Centro de Referência e Apoio às Desordens do Desenvolvimento). A capacitação está sendo oferecida pela Secretaria Municipal de Educação e abrange também outros profissionais de educação da rede de ensino. Os profissionais do CRADD estão orientando os professores sobre como trabalhar a parte cognitiva desses alunos. Isso significa que, além das atividades que eles já aprendem, o novo programa educativo vai incluir questões acadêmicas como leitura, escrita, pensamento lógico e tarefas com números, entre outras.
A capacitação dos professores está sendo realizada para unificar o Programa Educativo Especial da rede municipal que atende os alunos com deficiência. Além da escola Dayse Mansur, a rede municipal também atende a esses alunos em escolas da rede de ensino regular e no Semeia (Sítio Escola Municipal Espaço de Integração do Autista), que atende a alunos com mais de 16 anos.

Fonte: R7
Abraços
Daniela Bolzan

6 comentários:

  1. Sou portadora de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva, estou precsando de ajuda para sobreviver.
    Estou a disposição de emissóras de Televisão que possa divulgar o meu caso e me que possam me ajudar.

    Tenho uma doença rara que entre dois milhões de pessoas é que existe um caso.

    Veja minha história nese video

    http://www.youtube.com/watch?v=Z-LpZ3Lxo1I

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  2. Infelizmente so se fala em crianças autistas,quando se sabe que existem muitos auistas adultos que nao sao lembrados.Ate quando vai durar esta regeiçao aos autistas adultos.Quem vai ouvir a voz dos pais de autistas adultos?

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    1. Caro Anésio,, não se sinta assim.. não é só os autistas maiores que estão sendo rejeitados, os autistas menosres também., Em geral,a maioria das crianças com autismo e adultostambém com a mesma síndrome sofrem preconceito, rejeição, zombaria e tudo mais.. Principalmente em escolas.. Na minha opinião é muito triste saber que nossa sociedade tomou um rumo tão ignorante.. Por isso que devemos nos unir, sejam familiares de autistas adultos ou menores, mas estamos todos unidos e juntos com toda fé do mundo conseguiremos....pode contar comigo par ao que precisar,, Eu sei que é muito difícil, mas estou passando por isso,, o meu filhinho esta com 4 anos e a rejeição com ele está aumentando conforme está crescendo.. Nossa vida não é fácil caro amigo, mas Deus está conosco nos dando força,, sei que as vezes nos sentinos tristes e sobrecarregados, mas isso acontece porque somos fortes demais, pois isso temos filhos tão especiais.. grande beijo.. e quando precisar estou aqui...

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  3. Olá, moro em Dourados-MS e tenho um filho de 2 anos e 4 meses no espectro autista.Gostaria de saber se existe algum trabalho para criança dessa idade aí, já que aqui além de nao ter pessoas especializadas, ainda custa caríssimo o tratamento. Moro aqui há 5 anos, mas minha família é de Resende e Porto Real. Por gentileza, me ajude, estou mto desesperada. Grata, Roberta - email- robertacglavor@yahoo.com.br

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  4. Bom dia minha filha é deficiente visual e autista pra mim é muito complicado pois estou passando por uma fase que nada da certo os medicamentos não estão fazendo efeito ela ao mesmo tempo que amorosa e muito agressiva queria muito um contato c oi m mães igual a mim meu contato quele.dias@r7.com.

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  5. Bom dia minha filha é deficiente visual e autista pra mim é muito complicado pois estou passando por uma fase que nada da certo os medicamentos não estão fazendo efeito ela ao mesmo tempo que amorosa e muito agressiva queria muito um contato c oi m mães igual a mim meu contato quele.dias@r7.com.

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